Altas capacidades em adultos
análise do diagnóstico e da resposta educative
DOI:
https://doi.org/10.15448/2179-8435.2023.1.43300Palavras-chave:
altas capacidades, identificação, resposta educativaResumo
Nos estudos mais recentes em altas capacidades se destaca a importância de identificar para atender as necessidades educativas. Desta maneira, após o processo de identificação, deve proporcionar uma resposta educativa através de um programa de enriquecimento intraescolar, ou seja, dentro da escola, ou extraescolar, fora da escola. Assim, a presente pesquisa teve o objetivo, em primeiro lugar analisar quem diagnosticou a alta capacidade dos participantes, em segundo em que idade receberam o diagnóstico e em terceiro, qual resposta educativa receberam durante sua vida escolar. A pesquisa foi descritiva com análise qualitativa. O questionário foi respondido por 217 adultos com altas capacidades. Assim se pode comprovar que mais da metade dos diagnósticos recebidos foram a partir do Mensa (50,6%), seguido por psicólogos (25,8%) e das escolas ou psicólogos escolares (11%). Sobre as idades, 80% da amostra foi diagnosticada com altas capacidades na idade adulta, onde se destaca as idades dos 21-25 anos, seguido por 31-35 anos e 26-30 anos. Neste sentido, cabe destacar que apenas 17 participantes (7,9%), receberam algum tipo de resposta educativa durante a vida escolar. As respostas se dividiram em intraescolares, extraescolares e para adultos. Desta forma, os resultados são alarmantes já que mostram uma invisibilidade quanto a identificação e resposta educativa durante a escolarização básica. Isto ocasiona que a ausência de avaliação e atendimento precoce, pode não oferecer as propostas e os cuidados diferenciados que podem satisfazer as necessidades específicas de desenvolvimento da pessoa com altas capacidades, o que pode conduzir a uma inibição do seu potencial.
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