Representações de gênero e literatura infantil: paradidáticos em análise
DOI:
https://doi.org/10.15448/2179-8435.2016.2.23835Palavras-chave:
ACD, educação, gênero, literatura infantil, paradidáticos.Resumo
A adoção de livros paradidáticos para a educação infantil é uma prática identificada na maioria das escolas brasileira, pois é útil como uma estratégia de ação educativa, visando uma complementaridade das temáticas dos livros didáticos. Neste contexto, analisamos quatro livros paradidáticos: Os músicos de Bremen (Ruth Rocha); Uma trança dourada (Tatiana Belinky); A rainha rabiscada (Sylvia Orthof); e O pavão abre e fecha (Ana Maria Machado). Optamos, teórico-metodologicamente, pela a análise do discurso crítica, a partir Norman Fairclough (2001), Eliseo Verón (2004) e Laerte Magalhães (2003), e objetivamos identificar as representações e discursos de gênero construídas nessa literatura. Assim, observamos a existência de esteriotipais de dualização entre os sexos, um modelo patriarcal, romantismo e estetização corporal.
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