Relações perigosas: autoajuda, mídia e biopoder
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2012.2.12316Palavras-chave:
Autoajuda, mídia, subjetividade, capitalismo, biopoderResumo
O fenômeno da autoajuda merece o interesse dos pesquisadores de comunicação. Sua visibilidade imediata é a quantidade de publicações que vem produzindo no Brasil e no mundo com tiragens surpreendentes; além disto, contagia gêneros literários, conquista a área do audiovisual e gera comportamentos sociais, como a nova moda da Cabala e das religiões orientais. Este sucesso se vincula à atualidade do capitalismo onde o homem deve ser um empreendedor de si mesmo, desenvolvendo competências que valorizem o seu biocapital e abandonando hábitos que o depreciem. A autoajuda apresenta-se com dois nichos de objetivos, um ligado ao alimento para a alma, cujas palavras-chave seriam: autoestima, autoconhecimento, bem estar e felicidade; e o segundo de natureza pragmática, identificado por sucesso, dinheiro, prestígio, beleza e saúde. Dessa maneira, realiza uma operação de marketing, uma narrativa motivacional compatível com o biopoder.Downloads
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