A efervescência do modo de pensar de Gilles Deleuze: conexões e proposições no cenário educacional
DOI:
https://doi.org/10.15448/2179-8435.2020.1.32727Palavras-chave:
Deleuze, educação, filosofia, pensamento, recognição.Resumo
No campo da educação, comumente iluminado pelo prisma da recognição e da representação, acionar o modo de pensamento de Gilles Deleuze e convocá-lo como companhia de pesquisa é soltar um comprimido efervescente em um copo d'água. O líquido muda, as moléculas se agitam; há movimento, barulho, ruído, excitação, entusiasmo, tumulto, transformação. Isso porque no contexto de ensino regido pela matriz platônica, as ideias do filósofo são uma perturbação. Uma euforia. Suas proposições desafiam o pensamento, tirando a segurança de processos, sem salvaguardar nada, e rompendo limites estabelecidos e consagrados. Nesse cenário, o objetivo deste artigo é apresentar alguns pontos de ebulição do modo de pensar de Gilles Deleuze, por meio de proposições do próprio filósofo. A partir delas, armam-se conexões com outros autores e com a literatura. Trata-se de Antonio Candido e Marcel Proust. Dessa forma, intenciona-se ensaiar possibilidades com a educação e, ao mesmo tempo, jogar luz na radicalidade que há na filosofia deleuziana.Downloads
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