Problematizando discursos educacionais críticos em Meu professor é o cara
DOI:
https://doi.org/10.15448/2179-8435.1.28152Palavras-chave:
Discursos educacionais, Mídia educativa, Programa de TVResumo
A mídia educativa vem acionando discursos educacionais que têm colaborado para a produção de docentes de determinados tipos. Atentando para tal atuação, inseridas nos estudos culturais de inspiração pós-estruturalista, objetivou-se problematizar alguns elementos desses discursos educacionais acionados de forma recorrente no quadro Meu professor é o cara, integrante do programa de televisão Como será? da Rede Globo de Televisão. Os episódios analisados indicam que os/as professores/as destacados/as procuraram afastar-se ao máximo do qualificado como ensino tradicional, valorizando aspectos dos discursos educacionais críticos e enfatizando que a aprendizagem se efetiva a partir da reconfiguração do espaço de sala de aula e de investimentos na afetividade. O que proporciona uma prática considerada diferenciada.
Downloads
Referências
COSTA, Marisa. Ensinando a dividir o mundo; as perversas lições de um programa de televisão. Revista Brasileira de Educação, n. 20, p. 71-82, maio-ago. 2002.
DÍAZ, Mario. Foucault, docentes e discursos pedagógicos. In: SILVA, Tomaz (Org.). Liberdades reguladas: a pedagogia construtivista e outras formas de governo do eu. Petrópolis: Vozes, 1998. p. 14-29.
DUSSEL, Inés; CARUSO, Marcelo. A invenção da sala de aula: uma genealogia das formas de ensinar. São Paulo: Moderna, 2003.
EWALD, François. Foucault, a norma e o direito. Lisboa, Vega, 1993.
FERREIRA, Maurício. Espetacularização da carreira docente: prêmio professores do Brasil como prática da economia da educação. Porto Alegre, 2015. 243 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015.
FISCHER, Rosa. Foucault e a análise do discurso em educação. Cadernos de Pesquisa, n. 114, p. 197-223, 2001.
FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1988.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. 25. ed. São Paulo: Graal, 2004.
FOUCAULT, Michel. O sujeito e o poder. In: DREYFUS, Hubert; RABINOW, Paul. Michel Foucault, uma trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro. Forense Universitária, 1995. p. 231-249.
FOUCAULT, Michel. Segurança, território, população. Curso no Collège de France (1977-1978). São Paulo: Martins Fontes, 2008.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 43. ed. São Paulo, Paz e Terra, 2011.
GARCIA, Maria Manuela Alves. Pedagogias críticas e subjetivação. Uma perspectiva foucaultiana. Petrópolis: Vozes, 2002.
GAUTHIER, Clermont. Da pedagogia tradicional à pedagogia nova. In: GAUTHIER, Clermont; TARDIF, Maurice (Org.). A pedagogia: teorias e práticas da antiguidade aos nossos dias. Petrópolis: Vozes, 2014. p. 153-177.
GORE, Jennifer. Michel Foucault e educação: fascinantes desafios. In: SILVA, Tomaz T. (Org.). O sujeito da educação: estudos foucaultianos. Petrópolis: Vozes, 1994. p. 9-20.
LEITE, Sérgio (Org.). Afetividade e práticas pedagógicas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011. Disponível em: <http://ifsul.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788573964493/pages/-1>. Acesso em: 16 out. 2016.
LEWKOWICZ, Ignacio. Escuela y ciudadanía. In: COREA, Cristina; LEWKOWICZ, Ignacio. Pedagogía del aburrido: escuelas destituidas, familias perplejas. Buenos Aires: Editorial Paidós, 2010. p. 19-40.
PARAÍSO, Marlucy. A produção do currículo na televisão: que discurso é esse? Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 26, n. 1, p. 141-160, 2001.
PARAÍSO, Marlucy. Currículo e mídia educativa brasileira: poder, saber e subjetivação. Chapecó: Argos, 2007.
PARAÍSO, Marlucy. Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação e currículo: trajetórias, pressupostos, procedimentos e estratégias analíticas. In: MEYER, Dagmar; PARAÍSO, Marlucy (Org.). Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2012. p. 23-45.
PARAÍSO, Marlucy. Política da subjetividade docente no currículo da mídia educativa brasileira. Educação e Sociedade, v. 27, n. 94, p. 91-115, jan.-abr. 2006.
SAVIANI, Dermeval. A pedagogia no Brasil: história e teoria. Campinas: Autores Associados, 2008a.
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 10. ed. Campinas: Autores Associados, 2008b.
SAVIANI, Dermeval. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre a educação política. 41. ed. Campinas: Autores Associados, 2009.
SAVIANI, Dermeval. História das ideias pedagógicas no Brasil. 4. ed. Campinas: Autores Associados, 2013.
SILVA, Tomaz. Documentos de identidade. Uma introdução às teorias do currículo. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2014.
SILVA, Tomaz. Teoria cultural e educação: um vocabulário crítico. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
SILVA, Tomaz. O adeus às metanarrativas educacionais. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). O sujeito da educação: estudos foucaultianos. Petrópolis: Vozes, 1994. p. 247-258.
SOMMER, Luis Henrique. A ordem do discurso escolar. Revista Brasileira de Educação, v. 12, n. 34, p. 57-67, jan.-abr. 2007.
VARGAS, Juliana; CARVALHO, Rodrigo. Discursos sobre afetos docentes: uma ortopedia de gênero? Revista Espaço Acadêmico, n. 129, p. 11-117, 2012.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Educação Por Escrito implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Educação Por Escrito como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.
