Concílio Vaticano II, aggiornamento e diálogo

Novos ares na relação entre magistério da Igreja e ciências naturais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/0103-314X.2021.1.41403

Palavras-chave:

Ciência naturais, Diálogo, Concílio Vaticano II, Magistério, Igreja

Resumo

O aggiornamento eclesial intencionado pelo Concílio Vaticano II aprofunda a autoconsciência da Igreja em ser serva da humanidade. Essa nova postura propicia que a igreja se aproxime e dialogue com a sociedade contemporânea. A presente pesquisa pretende abordar, brevemente, o impulso conciliar e pós-conciliar na relação entre o magistério da Igreja e as ciências naturais. Para isso, percorre o cenário pré-conciliar a partir de alguns pronunciamentos oficiais do magistério eclesial, os quais refletem uma postura paradoxal de desconfiança e abertura. Em seguida, o foco é o Concílio Vaticano II, especialmente a Gaudium et Spes que reconhece a autonomia das realidades terrenas como paradigma da relação entre o magistério eclesial e as ciências naturais. Por fim, são analisados alguns textos magisteriais pós-conciliares até o presente.

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Biografia do Autor

Tiago de Fraga Gomes, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil, com período sanduíche pela Ruhr-Universität Bochum (RUB), em Bochum, Alemanha. Professor Adjunto da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil. Perito da Comissão para a Doutrina da Fé da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, DF, Brasil.

Daniel D’Agnoluzzo Zatti, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Mestrando em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil.

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Publicado

2021-09-27

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