Ambiguidade do amor-próprio e formação virtuosa da vontade
DOI:
https://doi.org/10.15448/1981-2582.2015.1.16335Palavras-chave:
Amor de si. Amor-próprio. Educação. Formação humana.Resumo
O ensaio investiga o problema da condição humana em Rousseau. O sentimento do amor por si mesmo, constituído duplamente pelo amor de si e pelo amor-próprio, é tomado como núcleo da pergunta sobre “quem é o ser humano?”. O trabalho analisa duas interpretações standard sobre o tema: a posição de Iring Fetscher, que destaca somente a variante negativa do amor-próprio e a interpretação recente de Frederick Neuhouser, que atribui ao amor-próprio também uma força construtiva. Se a possibilidade de paixões odientas e irascíveis é inerente à condição humana, ela também pode ser dominada por paixões tenras e amorosas. O ensaio argumenta ainda que embora nem tudo se decida no âmbito educacional, o tipo de educação oferecido na infância cobra importância capital na futura formação moral do adulto. A educação pode, por um lado, estimular um modo de ação baseado mais em paixões maldosas e egoístas ou, por outro, paixões amorosas e solidárias.
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