Escrituras Fílmicas Problematizadoras do Mundo Histórico: a "Questão Indígena" no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.2018.2.29351

Palavras-chave:

Documentário, Artifício e Registro, (Re)produção da Realidade

Resumo

O objetivo é analisar como, em Serras da Desordem (2006) e em Martírio (2016), registro e artifício constituem escrituras fílmicas que problematizam o mundo histórico e, ao mesmo tempo, a imagem. Partimos do pressuposto que a “questão indígena” ensejou operações sensoriais, histórico-culturais e de significação (Rancière, 2012) que transfiguraram as formas documentárias e ficcionais. Como os filmes constituem-se enquanto linguagem; na dialética com o real tematizado; e são constitutivos do mundo histórico? Intercalamos à análise fílmica (Vanoye; Goliot-Lété, 1994), a abordagem cultural (Vargas, 1987; Quijano, 2005; Mignolo, 2017) e conceitos como opressão, resistência e a invenção do “outro”. Entre a arte e a política, ao recusarmos uma análise puramente imanente (Barthes, 1990), constatamos que o ato fílmico, em simbiose, coabita o ato político, que as escrituras de Tonacci e Carelli oscilam entre a reprodução e a produção do real e criam contranarrativas que colocam em crise a imagem e a realidade. 

 

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Biografia do Autor

Marcos Aurélio Felipe, Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Professor do Centro de Educação-CE, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN (Natal/RN), com doutorado em educação, atuação em ensino e em pesquisa na área das tecnologias e linguagens nos processos educacionais - especificamente, na interface cinema, educação, conhecimento; história e linguagem do documentário; cinema e contemporaneidade; e perspectivas do pensamento acadêmico e da crítica de cinema.

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Publicado

2018-04-07

Como Citar

Felipe, M. A. (2018). Escrituras Fílmicas Problematizadoras do Mundo Histórico: a "Questão Indígena" no Brasil. Revista FAMECOS, 25(2), ID29351. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2018.2.29351

Edição

Seção

Cinema