Os meios de comunicação e o suicídio: uma breve genealogia da narrativa da própria morte

Autores/as

  • Ieda Tucherman Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Ericson Saint Clair Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.2009.38.5300

Palabras clave:

Suicídio, subjetividade, ciberespaço

Resumen

Abordamos, em perspectiva genealógica, a questão do suicídio em relação com os meios de comunicação. O caso do jovem brasileiro que narrou o próprio suicídio na Internet é ponto de partida para investigarmos de que forma o ciberespaço interfere na criação de si. Para redimensionar o problema, tratamos de dois outros casos: a publicação, no século XIX, de “Os sofrimentos do jovem Werther”, de Goethe - e a profusão de suicídios decorrentes dela - e a morte do roqueiro Kurt Cobain, em um século XX profundamente mediado pela cultura de massas. Sugerimos que o suicídio é, fundamentalmente, uma questão de biopolítica, em um contexto em que a mídia tem importante papel em nossa atualidade de medicina salvacionista.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Ieda Tucherman, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Ericson Saint Clair, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro

Citas

AZEVEDO, Solange & BRUM, Eliane. Suicídio.com. Sites na internet incentivam adolescentes como o gaúcho Yoñlu a se matar e ajudam a escolher o método. Revista Época. Rio de Janeiro, n. 508, fev. 2008. Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/RevistaEpoca/0,,EDG81603-6014-508-1,00.html Acesso em: 3 out. 2008.

BATAILLE, Georges. Sade et l’homme normal. In: L’Erotisme. Paris: Ed de Minuit, 1957.

DELEUZE, Gilles. Conversações. Rio de Janeiro: Ed 34, 1992.

DELEUZE, Gilles; PARNET, Claire. Diálogos. Lisboa: Relógio d’água, 2004.

DURKHEIM, Émile. Le suicide. Étude sociologique. Québec: L’Université du Québec, 2002. Disponível em: http://classiques.uqac.ca/classiques/Durkheim_emile/suicide/suicide.htm Acesso em: 4 out. 2008.

FOUCAULT, Michel. Direito de morte e poder sobre a vida. In: História da sexualidade – A vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 2006.

______. Introdução: modificações. In: História da Sexualidade II - O uso dos prazeres. Rio de Janeiro: Graal, 1994.

______. O que é o Iluminismo? In: ESCOBAR, C. H. (Org.). M. Foucault, 1926/1984. O dossier: últimas entrevistas. Rio de Janeiro: Taurus, 1984.

NIETZSCHE, Friedrich. Da morte livre. In: Assim falou Zaratustra. São Paulo: Martin Claret, 2002.

______. Incursões de um extemporâneo. In: Crepúsculo dos ídolos – ou como se filosofa com o martelo. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

PUENTE, Fernando Rey (Org.). Os filósofos e o suicídio. Rio de Janeiro: Travessias, 2008.

TARDE, Gabriel. Contre Durkheim à propos de son suicide. In: BERLANDI, Massimo & CHERKAOUI, Mohamed. Le Suicide un siècle après Durkheim. Paris: Les Presses Universitaires de France, 2000.

TIRABOSCHI, Juliana. Mal. com: o lado sombrio da internet. Revista Galileu. Rio de Janeiro, n. 201, abr. 2008.

TURKLE, Sherry. A vida no écran: a identidade na era da internet. Lisboa: Relógio d’Água, 1997.

TUCHERMAN, Ieda. Corpo e narrativa cinematográfica. Corpo, Técnica, Subjetividade. In: Revista de Comunicação e Linguagens. Lisboa: Relógio d’Agua, p. 187-198, 2004.

Cómo citar

Tucherman, I., & Clair, E. S. (2009). Os meios de comunicação e o suicídio: uma breve genealogia da narrativa da própria morte. Revista FAMECOS, 16(38), 44–50. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2009.38.5300

Número

Sección

Relaciones sociales y culturales