Mulheres indomáveis, corpos a domesticar
O horror cinematográfico da bruxa
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2023.1.43013Palavras-chave:
bruxas, corpo, cinema, horror, imaginárioResumo
Na Idade Média, o corpo da bruxa foi imaginado como fonte de terror e signo de um feminino incontrolável, monstruoso e sempre em contato com uma exterioridade assustadora. No cinema, as bruxas cumpriram frequentemente tal papel, fazendo parte de uma galeria de outros monstros comuns, como os vampiros, os fantasmas e os zumbis. O objetivo deste trabalho, porém, é analisar um conjunto de filmes recentes nos quais a figura da bruxa emerge também como potência de libertação e criação, fazendo do feminino uma condição-limite sempre aberta à mudança e ao novo.
Downloads
Referências
ARIÈS, Philippe; DUBY, Georges. História da vida privada 2. Da Europa feudal à Renascença. São Paulo, Companhia das letras, 1990.
BETHENCOURT, Francisco. O imaginário da Magia. Feiticeiras, adivinhos e curandeiros em Portugal do Século XVI. São Paulo, Companhia das Letras, 2004.
CREED, Barbara. The Monstrous-Feminine: Film, Feminism, Psychoanalysis. London, Routledge, 2007.
FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa. São Paulo, Elefante, 2020.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrópolis, Vozes, 1999.
GUMBRECHT, Hans Ulrich. Production of Presence: what meaning cannot convey. Stanford, Stanford University Press, 2004. DOI: https://doi.org/10.1515/9780804767149
GWEN. Direção: William McGregor. Produção de Hilary Bevan Jones. Inglaterra: AMC Networks, 2018. 1 DVD.
HAGAZUSSA. Direção: Lukas Feigelfeld. Lukas Feigelfeld. Alemanha: Forgotten Film, 2017. 1 DVD
KRAMER, Henrich; SPRENGER, James. O Martelo das Feiticeiras. Malleus Maleficarum. Rio de Janeiro, Editora Rosa dos Tempos, 2014.
LE GOFF, Jacques. O maravilhoso e o quotidiano no ocidente medieval. Lisboa, Edições 70, 2017.
LE GOFF, Jacques; TRUONG, Nicolas. Observações sobre o corpo e ideologia no Ocidente Medieval. Recife, Editora Titivillus, 2005.
MICHELET, Jules. La Sorcière: the witch of the Middle Ages. London, Forgotten Books, 2018.
POWER, Andrew J. Heaven and Hell in Robert Herrick’s Body of Work. Modern Humanities Research Association, New York. v. 44, p. 156-173, 2014. DOI: https://doi.org/10.1353/yes.2014.0015
STEVENSON, Jack. Witchcraft Through the Ages: the Story of Häxan, the World’s Strangest Film and the Man who Made It. Farleigh, FAB Press, 2006.
THE WITCH: a New England Folktale. Direção: Robert Eggers. Produção de Daniel Beckerman. Estados Unidos: A24, 2015. 1 DVD.
TREVOR-ROPE, Hugh. A crise do século XVII. Religião, a Reforma e Mudança Social. Rio de Janeiro, Topbooks Editora, 2007.
YATES, Frances. Giordano Bruno and the Hermetic Tradition. London, Routledge, 1964.
ZWISSLER, Laurel. ‘I am That Very Witch’: On The Witch, Feminism, and Not Surviving Patriarchy. Journal of Religion and Film, Omaha, v. 22, n. 3, p. 1-33, dez. 2018.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista FAMECOS

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Derechos de Autor
La sumisión de originales para la Revista Famecos implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a Revista Famecos como el medio de la publicación original.
Creative Commons License
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada.