Between lived law and taught law

Before pandemia, a refusal to the logic of modernity

Authors

DOI:

https://doi.org/10.15448/2179-8435.2020.2.39398

Keywords:

Legal education, Modernity paradigm, Critical view of Law, COVID-19

Abstract

Under the prism of Modernity, there is a gap between the Law that is lived and what is taught. This statement is valid for several notions and knowledge disciplines that, fragmented, atomized, specialized and elite, are transmitted vertically from those who teach to those who learn. This rationality applied to law is based on two hegemonic paradigms, normally understood in opposition: on the one hand, the jusnaturalist paradigm, of natural, ideal, metaphysical Law and, on the other, the logic of positive instrumental Law. Thus, the distance between the Law taught, based on the modern notions of Society, Nation and State, and the Law lived, increases. The global pandemic of COVID-19 further widened this gap, accentuating the ineffectiveness of the regulatory mechanisms from which authorities, at national and international level, seek to control society and the behavior of individuals. The state monopoly on the rules governing conduct was achieved by the new coronavirus, and society found itself adrift amid chaotic circumstances. The pre-pandemic Brazilian political scenario, marked by the resurgence of conservative and reactionary positions, contributed to the worsening of the situation. The purpose of this study is, based on the renunciation of the logic of Modernity, point questions that encourage a critical view of the law, located in current and concrete dilemmas, such as COVID-19.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Joice Schroer, Escola Superior da Magistratura Federal no Rio Grande do Sul (Esmafe/RS), Porto Alegre, RS, Brasil

Especialista em Direito Público pela Escola Superior da Magistratura Federal no Rio Grande do Sul (ESMAFE/RS).

Cibele Cheron, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil

Doutora em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Desenvolve estágio pós-doutoral junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

Gabriel Santos Berute, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), Viamão, RS, Brasil

Doutor em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, RS, Brasil. Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS).

References

ADORNO, Theodor W.; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Fragmentos filosóficos. Trad. Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Zahar, 1986.

ARENDT, Hannah. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1983.

ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo. Trad. Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

BARZOTTO, Luis Fernando. O positivismo jurídico contemporâneo: uma introdução a Kelsen, Ross e Hart. 2. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2007.

BECK, Ulrich. O que é Globalização? Equívocos do globalismo: respostas à globalização. Trad. André Carone. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

BECK, Ulrich. La sociedad del riesgo global. Madrid: Siglo Veintiuno. 2002.

BECK, Ulrich. Sociedade de risco: rumo a uma outra modernidade. Trad. Sebastião Nascimento. São Paulo: Ed. 34, 2010.

BOBBIO, Norberto. Liberalismo e democracia. São Paulo: Brasiliense, 1988.

BOBBIO, Norberto. O positivismo jurídico: lições de Filosofia do Direito; compiladas por Nello Morra. Trad. e notas Márcio Pugliesi, Edson Bini e Carlos E. Rodrigues. São Paulo: Ícone, 1995.

BURDEAU, Georges. O Liberalismo. Trad. J. Ferreira. Povoa do Varzim: PublicaçãoEuropa – América, 1979.

BURNS, Edward McNall. História da civilização ocidental. Vol. II. 43. ed. São Paulo: Globo, 2005.

CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito constitucional e teoria da constituição. 7. ed. Coimbra: Almedina, 2011.

CANOTILHO, J. J. Gomes. Teoria Jurídico-Constitucional. Revista Jurídica Consulex, v. I, n. 45, ano IV, p. 34-43, set. 2000.

CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004.

COHEN, Jean. Sociedade civil e globalização: repensando categorias. Dados, v. 46, n. 3, p. 419-459, 2003. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/dados/v46n3/a01v46n3.pdf. Acesso em: 20 ago. 2020. https://doi.org/10.1590/S0011-52582003000300001

COHEN, Jean; ARATO, Andrew. Sociedad Civil y Teoría Política. Trad. Roberto Reyes Mazzoni. México: Fondo de Cultura Económica, 2000.

DELMAS-MARTY, Mireille. Três desafios para um direito mundial. Trad. Fauzi Hassan Choukr. Rio de Janeiro: Lúmen Júris, 2003.

DUMONT, Louis. O individualismo: uma perspectiva antropológica da ideologia moderna. Rio de Janeiro: Rocco, 1985.

ENGELMANN, Wilson; MACHADO, Viviane Saraiva. Do princípio da precaução à precaução como princípio: construindo as bases para as nanotecnologias compatíveis com o meio ambiente. Revista de Direito Ambiental: RDA, v. 18, n. 69, p. 13-51, jan./mar. 2013. Disponível em: http://bdjur.stj.jus.br/dspace/handle/2011/77876. Acesso em: 19 Ago. 2020.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários para a prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.

GARCIA-PELAYO, M., Las transformaciones del estado contemporáneo Madrid: Alianza Editorial, 2005.

GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Trad. Mathias Lambert. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1988.

JULLIEN, Françoise. O diálogo entre as culturas: do universal ao multiculturalismo. Trad. André Telles. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.

KRISCHKE, Paulo. Aprendendo a Democracia na América Latina. Atores Sociais e Mudança Cultural. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2003.

Lévy, A. Ciências clínicas e organizações sociais. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

KELSEN, Hans. Teoria pura do Direito. Trad. João Baptista Machado. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

MAFFESIOLI, Michel. No fundo das aparências. Trad. Bertha Halpern Gurovitz. Petropolis: Vozes, 1996.

MORIN, Edgar, KERN, Anne Brigitte. Terra-pátria. Trad. Paulo Azevedo Neves da Silva. Porto Alegre: Sulina, 1995.

NASSER, Salem Hikmat. Direito Global em Pedaços: Fragmentação, Regimes e Pluralismo. Revista de Direito Internacional, Brasília, v. 12, n. 2, p. 98-126, 2015. https://doi.org/10.5102/rdi.v12i2.3707

OST, François. O tempo do direito. Trad. Élcio Fernandes. Bauru: Edusc, 2005.

PECHENY, Mario Martín. Restaurações conservadoras na Argentina e no Brasil: o íntimo e o público sob ataque. Interface - Comunicação, Saúde, Educação [on-line]. 2019, v. 23, e19005. Disponível em: https://doi.org/10.1590/Interface.190051. Acesso em: 21 ago. 2019. https://doi.org/10.1590/interface.190051

REYES, M. A. Estudios de derecho constitucional. 2. ed. Madrid: Centro de Estudios Constitucionales, 2009.

SANTOS, Boaventura Souza de. Crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. São Paulo: Cortez, 2000.

SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais: uma teoria geral dos direitos fundamentais na perspectiva constitucional. 11. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2012.

SCHERER-WARREN, Ilse. Das mobilizações às redes de movimentos sociais. Sociedade e Estado, Brasília, v. 21, n. 1, p. 109-130, abril de 2006. https://doi.org/10.1590/S0102-69922006000100007

SOUZA NETO, Cláudio Pereira de; SARMENTO, Daniel. Direito constitucional: teoria, história e métodos de trabalho. Belo Horizonte: Fórum, 2012.

SOUZA, Rebeca Hennemann Vergara de; SOLAGNA, Fabrício; LEAL, Ondina Fachel. As políticas globais de governança e regulamentação da privacidade na internet. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 20, n. 41, p. 141-172, junho de 2014. https://doi.org/10.1590/S0104-71832014000100006

STRECK, Lenio Luiz; MORAIS, José Luis Bolzan de. Ciência Política e Teoria do Estado. 8. ed. rev. atual. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2014.

TRINDADE, Antônio Augusto Cançado. A proteção internacional dos direitos humanos e o Brasil. Brasília: UnB, 1998.

UFPEL. Universidade Federal de Pelotas. Centro de Pesquisas Epidemiológicas. Evolução da Prevalência de Infecção por Covid-19 no Brasil: estudo de base populacional. 2020. Financiado pelo Ministério da Saúde. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/covid19/files/2020/05/EPICOVID19BR-release-fase-1-Portugues.pdf. Acesso em: 21 ago. 2020.

VON HOHENDORFF, Raquel; ENGELMANN, Wilson. Miscelânea transdisciplinar: das nanotecnologias ao ensino jurídico. In: BELLO, Enzo; ENGELMANN, Wilson (coords.). Metodologia da pesquisa em Direito. Caxias do Sul: Educs, 2015. p. 80. Disponível em https://www.ucs.br/site/midia/arquivos/ebook_metodologia_da_pesquisa.pdf. Acesso em: 19 ago. 2020.

WARAT. Luís Alberto. A desconstrução da razão abstrata e o outro pensar: os arquivistas utópicos. In: FAGUNDES, Paulo Roney Ávila (org.). A crise do conhecimento jurídico: perspectivas e tendências do Direito contemporâneo. Brasília: OAB Editora, 2004.

WEBER, Max. El político y el científico. Trad. Martha Johannsen Rojas. Ciudad de México: Universidad Autónoma de la Ciudad de México, 2008.

WEILER, Joseph.The geology of international law – governance, democracy and legitimacy, ZaöRV n. 64, 547-562. 2004. Disponível em: http://www.zaoerv.de/64_2004/64_2004_3_a_547_562.pdf. Acesso em: 19 ago. 2020.

Published

2020-11-10

How to Cite

Schroer, J., Cheron, C., & Santos Berute, G. (2020). Between lived law and taught law: Before pandemia, a refusal to the logic of modernity. Educação Por Escrito, 11(2), e39398. https://doi.org/10.15448/2179-8435.2020.2.39398

Issue

Section

Articles