A historiografia dos traumas coletivos e o Holocausto: desafios para o ensino da história do tempo presente
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-864X.2016.2.23192Palavras-chave:
holocausto, Segunda Guerra, trauma, ensino de HistóriaResumo
O presente trabalho tem como principal objetivo construir uma análise acerca do debate, hoje crescente, do Ensino de História. Mais especificamente,expandir para a pesquisa acadêmica brasileira, os estudos de um campo relativamente novo, denominado de “pedagogia do ensino dos traumas coletivos”, com ênfase no Holocausto. É latente a necessidade de revisitarmos os currículos, em quaisquer níveis de ensino, adequando-os às demandas sociais de nosso tempo presente. Buscaremos neste texto discutir o papel da instituição escolar, do professor e do material didático enquanto ferramenta de ensino que visa combater as manifestações de ódio presentes tanto na estrutura do Estado, quanto no corpo social. Existe hoje uma crescente necessidade de avaliação do que temos aprendido e, ainda mais, que temos ensinado sobre os eventos traumáticos. De forma especial, na educação brasileira, o ensino de traumas coletivos é tratado, em sua maioria, como nota explicativa em temas mais abrangentes, como o Holocausto em relação com a Segunda Guerra Mundial. O currículo e os instrumentos pedagógicos disponíveis no Brasil não dão o necessário suporte aos agentes do processo educacional. Desta feita, objetivamos ainda apresentar e problematizar os materiais didáticos do YadVashem, museu responsável pela memória do Holocausto, e a forma como e tem trabalhado o tema em Israel, seus métodos e objetivos. Nesse sentido, utilizaremos como fonte três materiais didáticos, desenvolvidos pelo YadVashem, distribuídos nos diferentes níveis da educação, de acordo com a filosofia espiral de ensino: “Tommy”, “Porque Naftali se llama Naftali” e “Cuatro vidas distintas y muy parecidas”.
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