A literatura enquanto práxis educativa emancipatória e as possibilidades formativas dos Bildungsroman
DOI:
https://doi.org/10.15448/1981-2582.2020.2.35826Palavras-chave:
práxis educativa, Bildung, Bildungsroman, emancipaçãoResumo
O texto discute o modo de compreensão dos Bildungsroman, da arte e da formação humana nos formatos da Bildung alemã. Levanta questões, em primeiro lugar, sobre os caminhos que a racionalidade moderna foi tomando, com prejuízo da arte e da filosofia como maneiras do conhecer realizar-se. Em segundo lugar, e tendo presente o que foi dito relativamente às necessidades de produção de sentido para além do que é racional, detecta-se que a literatura pode exercer um papel fundamental para a formação humana. Ainda que pensemos que, em última instância, toda a literatura é formativa, debruçamo-nos sobre um caso emblemático: os romances de formação, dimensões literárias da formação do eu. Como caso exemplar de literatura que descreve, retrata a formação do sujeito, ainda na segunda parte do texto, trazemos uma abordagem sobre os Bildungsroman como oportunidade de resgate entre o que se perdeu na modernidade em termos de uma subjetividade que aflorara, apesar do progresso das ciências e do avanço da técnica. O texto traz como conclusão a necessária ênfase nos processos formativos que promovam os interesses integrais da multiplicidade das possibilidades humanas, entre eles, a emancipação dos sujeitos.
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