O cultivo da singularidade como desafio para a formação humana

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1981-2582.2020.1.29629

Palavras-chave:

Formação humana. Cultura. Singularidade.

Resumo

Todo processo de formação humana está ancorado em pressupostos metafísicos que envolvem uma certa concepção de “humano” e de “subjetividade” as quais, em geral, inquestionadas, perpassam as diretrizes, parâmetros, currículos, métodos e “correntes” pedagógicas. Nosso objetivo neste artigo será colocar em questão algumas concepções cristalizadas de “humano”, “subjetividade” e “identidade”, a fim de recolocar o processo de formação humana como problema e como desafio – e um desafio que não mais se resuma à aplicação de um método pré-definido cuja finalidade seja a realização de um ideal de humanidade e subjetividade previamente estabelecido. Para isso, recorreremos aos conceitos de “cultura” e “singularidade” na obra de Nietzsche, bem como à concepção de “subjetividade” que implicam.

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Biografia do Autor

Diogo Bogéa, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ

Doutor e Mestre em Filosofia (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio, Rio de Janeiro, RJ, Brasil). Professor de Filosofia e Psicanálise na Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ.

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Publicado

2020-05-25

Como Citar

Bogéa, D. (2020). O cultivo da singularidade como desafio para a formação humana. Educação, 43(1), e29629. https://doi.org/10.15448/1981-2582.2020.1.29629

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