Atemporalidade de Chronique d’un Été
reflexões sobre a ética no documentário e na sociedade
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2023.1.44527Palavras-chave:
Comunicação, cinema documentário, ética, relações sociaisResumo
Em tempos de polarização e intolerância, pensar as produções midiáticas que prometem asserções sobre o mundo histórico parece-nos ainda mais urgente. Na contramão das generalizações que cercam um tempo onde a informação é efêmera, revisitar produções éticas se torna um exercício indispensável para a área da comunicação. Com metodologia descritiva de cunho analítico e levantamento bibliográfico, o artigo relaciona considerações de teóricos do cinema documentário tais como Bill Nichols, Guy Gauthier, Marcius Freire entre outros, com a ética buberiana. O objetivo é refletir sobre a ética no cinema documentário indicando o filme Chronique d’un Été, de 1960, como uma obra ainda capaz de nos apresentar caminhos mais assertivos para a produção de filmes documentários e outras produções que abordem questões sociais, além de permitir a reflexão sobre as relações sociais.
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