Edgar Morin e a escrita de vida:
Complexidade e (auto)biografia
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2023.1.42801Palavras-chave:
Autobiografia. Edgar Morin. ComplexidadeResumo
Este artigo tem o objetivo de pensar a (auto)biografia a partir da metodologia da complexidade em Edgar Morin. Adepto contumaz da escrita autobiográfica, Morin produziu um grande número de obras no gênero, além disso, é autor de uma biografia sobre seu pai, Vidal Nahum. Ele misturou o gênero biografia e diário pessoal ao dedicar um livro a Edwige Agnes, de quem ficou viúvo, e com quem foi casado durante trinta anos. A partir de pesquisa bibliográfica verificamos a presença do gênero autobiográfico na produção do francês. O autor compreendeu o indivíduo e a si mesmo dentro de um circuito comunicacional simultaneamente multidimensional, multirreferencial, compreensivo, aberto e inclusivo. Nossas conclusões mostram que, em Morin, existe uma “concepção sintética de vida”, fórmula extraída de Arthur Rimbaud, que consiste em 1) “resolução de viver em diversos planos” e 2) “preservar zonas livres para a poesia, a literatura, o pensamento, mas também salvar a vida privada”.
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