Existe lugar para o signo na história da mídia?
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2008.35.4094Palavras-chave:
História da mídia, sistemas de signos, códigos culturaisResumo
Existe um ponto de vista já bastante consolidado sobre a compreensão do que se entende por história social da mídia. Trata-se da abordagem que acompanha não apenas a introdução dos meios de comunicação na cultura, como também as alterações provocadas no cenário das relações sociais. Essa é uma história que acompanha o encadeamento das invenções tecnológicas no sentido de sua eficácia. Por isso mesmo, filia o conceito de comunicação à noção de transporte. Não consta dessa abordagem, a interação pela linguagem, colocando em pauta o seguinte questionamento: existe lugar para as mediações semióticas na história social da mídia? Se houver, qual é esse lugar? Após percorrer os estudos históricos sobre a abordagem histórica da mídia, o presente estudo elabora a defesa de uma história das mediações semióticas resultante do desenvolvimento dos códigos culturais que não são invenções da tecnologia industrial, mas das tecnologias do intelecto.Downloads
Referências
BAVCAR, Evgen. A luz e o cego. In: NOVAES, Adauto (org.). Artepensamento. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.
BRIGGS, Asa & BURKE, Peter. Uma História Social da Mídia. De Gutenberg à Internet. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.
CARPENTER, Edmund & McLUHAN. Revolução na comunicação. Rio de Janeiro: Zahar, 1980.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. A era da informação: economia, sociedade e cultura. Rio de Janeiro: Zahar, 1999.
COULMAS, Florian. The writing systems of the world. Cambridge, Blackwell, 1989.
GOODY, Jack & WATT, Ian. The consequences of Literacy, 1968. In Perspectives on Literacy (Eugene R. Kintgen e outros (orgs.). Carbondale and Edwardsville: Southern Illinois University Press, 1988.
JACOMY, Bruno. A era do controle remoto. Crônicas da inovação tecnológica (trad. Lucy Magalhães). Rio de Janeiro: Zahar, 2002.
JAKOBSON, Roman. Lingüística e comunicação. São Paulo: Cultrix, 1971.
LEMOS, André (org.). Cibercidade. As cidades na cibercultura. Rio de Janeiro: E-Papers, 2004.
_____. Cibercidade II. Ciberurbe. A cidade na sociedade da Informação. Rio de Janeiro: E-Papers, 2005.
_____. Cibercultura e mobilidade: a era da conexão. Razón y Palabra, México, n. 41, out./nov. Disponível em: www.cem.itesm.mx/dacs/publicaciones/logos/actual Acesso em: 19 out. 2004.
_____. Cidade Digital. Salvador: EDUFBa, 2007.
_____. Mídias locativas e territórios informacionais. In: SANTAELLA, Lucia; ARANTES, Priscila (orgs.). Estéticas tecnológicas. São Paulo: Educ, 2007.
LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência. O futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993.
LOTMAN, I.; USPENSKII, B.; IVANOV. Ensaios de Semiótica Soviética. Lisboa: Novo Horizonte, 1991.
LOTMAN, I. A estrutura do texto artístico. Lisboa: Estampa, 1978.
_____. The Universe of the Mind. A Semiotic Theory of Culture (trad. Ann Shukmann). Bloomington: Indiana University Press, 1990.
McLUHAN, Marshall. Os meios de comunicação como extensões do homem (trad. Décio Pignatari). São Paulo: Cultrix, 1971.
MARVIN, Carolyn. When Old Technologies Were New. Thinking About Eletric Communication in the Late Neneteenth Century. Oxford: Oxford University Press, 1988.
SONESSON, Göran. The Multimediation of the Lifeworld. Semiotics of the Media: state of the art, projects, and perspectives (Winfried Noth, ed.). Berlin-New York: Mouton de Gruyter, 1997.
VAZ, Paulo (2002). História das tecnologias cognitivas. Revista Fronteiras. Estudos Midiáticos, v. IV, n. 2, p. 101-120, dez. 2002.
WEINBERGER, D. (2003). Why Open Spectrum Matters. The end of the Broadcast Nation. Disponível em: http://www.evident.com Acesso em: 19 out. 2004.
WINSTON, Brian. Media Technology and Society. A History: from the Telegraph to the Internet. London and New York: Routledge, 1998.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Revista Famecos implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Revista Famecos como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.