Semiótica da comunicação: da semiose da natureza à cultura
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2010.2.7546Palavras-chave:
Semiose, diagrama ontológico, modelizaçãoResumo
A crise paradigmática por que passa a comunicação exige uma revisão ontológica que inclua a discussão sobre as condições de possibilidade do fenômeno comunicacional. Neste artigo argumentamos que a semiótica oferece um arcabouço conceitual que permite estudar a comunicação a partir de ações qualitativas. A semiose ou ação do signo é definida como um processo fundamental que, a partir da percepção, estrutura diagramas ontológicos dinâmicos que modelizam o mundo das espécies, criando cognição e cultura. O propósito da semiótica da comunicação é entender como sistemas modelizantes evoluem ontogênica e filogenicamente, produzindo, no caso da cultura humana, meios de comunicação cada vez mais variados e tecnologicamente avançados.Downloads
Referências
BUNGE, Mario. Dicionário de filosofia. São Paulo: Perspectiva, 2006.
DARWIN, Charles. A origem das espécies. Rio de Janeiro: Ediouro, 2004.
FRIEDEN, Bernard Roy; ROMANINI, Vinícius Eluding the demon - how extreme physical information applies to semiosis and communication. Cognitio-Estudos, São Paulo, v. 5, p. 52-63, 2008.
HAUSER, Marc D. The Evolution of Communication. Cambridge: The MIT Press, 1997.
HOUSER, N. e outros (Eds.). Bloomington: Indiana Univ. Press, 1992 e 1998.
LOTMAN, Yuri. A estrutura do texto artístico. Lisboa: Estampa, 1978.
_____. The Universe of the Mind. A Semiotic Theory of Culture. Bloomington: Indiana University Press, 1990.
KULL, Kalevi. Semiotic ecology: different natures in the semiospheres. Sign Systems Studies, vol. 26. Tartu: University of Tartu Press, 1998.
MACHADO, Irene. Circuitos dialógicos: para além da transmissão de mensagens. In: Semiótica da cultura e semiosfera. São Paulo: Fapesp/Annablume, 2007a.
_____. Em contexto, fora de contexto. Experiências sistêmicas nos estudos da comunicação como mente da cultura. In: XVI Compós, 2007, Curitiba. Anais do XVI Encontro da Compós. Curitiba: UTP, 2007b.
_____. Transmissão vs. autogeração: revendo modelos e problematizando teorias no estudo da comunicação. In: FERREIRA, Jairo (Org). Cenários, teorias e epistemologias da comunicação. Rio de Janeiro: E-papers, 2007c.
MATURANA, Humberto. Cognição, ciência e vida cotidiana. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2001.
MERRELL, Floyd & ANDERSON, Myrdene. Mundos variáveis, modelizações semióticas. Face, São Paulo, v.3, n.1, 1990.
PEIRCE, Charles Sanders. Collected Papers. Vol. I a VIII. Ed. Eletrônica. Charlotterville e Cambridege: Intelex Co. & Harvard Univ. Press, 1992.
RUELLE, David. Acaso e caos. São Paulo: UNESP, 1993.
SEBEOK, Thomas. Comunicação. In: RECTOR, Mônica & NEIVA, Eduardo (Orgs.) Comunicação na era pós-moderna. Petrópolis: Vozes, 1996.
ULANOWICZ, Robert E. Ecology, the Subversive Science? Episteme, Porto Alegre, n. 11, p. 137-152, 2000.
VERNADSKY, Wladimir. La Biosphère. Paris: Diderot, 1997.
VIEIRA, Jorge de Albuquerque. Antologia. Formas de conhecimento: arte e ciência, uma visão a partir da complexidade. Fortaleza: Expressão, 2008.
WHEELER, John Archibald. At Home in the Universe. Woodbury: American Institute of Physics, 2003.
Downloads
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Derechos de Autor
La sumisión de originales para la Revista Famecos implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a Revista Famecos como el medio de la publicación original.
Creative Commons License
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada.