Impacto do tratamento oncológico na qualidade de vida de idosas com câncer de mama atendidas pelo Sistema Único de Saúde

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/2357-9641.2022.1.43014

Palavras-chave:

idoso, neoplasias da mama, qualidade de vida, adesão à medicação, interações medicamentosas

Resumo

Objetivos: avaliar a qualidade de vida (QV), as interações medicamentosas e a adesão ao tratamento em pacientes idosas com câncer de mama que realizaram tratamento oncológico pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Métodos: coorte prospectiva, com seis meses de seguimento, que incluiu pacientes idosas com câncer de mama atendidas em Hospital Universitário de Porto Alegre e atendidas pelo SUS. Foram selecionadas mulheres com idade ≥ 60 anos, divididas em dois grupos (60-69 anos e ≥ 70 anos).
Resultados: 38 pacientes foram incluídas nas análises sobre QV e adesão ao tratamento. Dentro da classificação molecular, os subtipos mais diagnosticados foram, Luminal B/Her2- (34,2%), Luminal A (26,3%), Luminal B/HER2+ (21,1%). Os sintomas físicos mais relacionados à doença, no momento do diagnóstico, foram insônia, rigidez musculoesquelética, preocupação com os outros e com o futuro. Em contrapartida, seis meses depois os resultados menos favoráveis foram fadiga, náusea e vômito, dispneia, dor, inapetência, constipação, diarreia, problemas financeiros, efeitos adversos da terapia sistêmica, sintomas nas mamas e braços e alopecia. Baixos níveis de adesão ao tratamento foram identificados em 67,6% das pacientes. A polifarmácia foi evidenciada em 60,6%, e foi observada ao menos uma interação medicamentosa potencial em 78,8% da amostra. A média de medicamentos utilizados foi de 7,24 (DP= 3,77).
Conclusões: este estudo demonstrou a importância do acompanhamento da população idosa com câncer de mama que faz uso de tratamento quimioterápico, a fim de compreender as implicações da senescência, bem como melhorar as taxas de adesão à terapia e a qualidade de vida desta população.

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Biografia do Autor

Bárbara Zanesco Moehlecke, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Graduanda em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil.

Renan Oliveira de Melo, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Graduando em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil.

Daiana Renck, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Doutora em Biologia Celular e Molecular pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil; mestre em Biologia Celular e Molecular pela PUCRS, em Porto Alegre, RS, Brasil. Farmacêutica no Centro de Pesquisa Clínica do Hospital São Lucas da PUCRS, em Porto Alegre, RS, Brasil.

Victoria Aumann, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Mestranda em Medicina e Ciências da Saúde pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil; farmacêutica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS.

Mathias André Kunde, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Médico pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil.

Angélica Regina Cappellari, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Doutora em Ciências Biológicas: Bioquímica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, RS, Brasil; mestre em Ciências Biológicas: Bioquímica pela UFRGS, em Porto Alegre, RS, Brasil. Bióloga supervisora de Pesquisa & Desenvolvimento no Biovel - Laboratório de Análises e Pesquisa Clínica, em Cascavel, PR, Brasil. 

Paula Engroff, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Doutora em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), em Porto Alegre, RS, Brasil. Farmacêutica no Laboratório de Bioquímica e Genética Molecular do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, em Porto Alegre, RS, Brasil.

Fernanda Bueno Morrone, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Doutora em Ciências Biológicas: Bioquímica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, RS, Brasil; mestre em Ciências Biológicas: Bioquímica pela UFRGS, em Porto Alegre, RS, Brasil. Professora titular da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) em Porto Alegre, RS, Brasil. 

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Publicado

2022-06-23

Como Citar

Moehlecke, B. Z. ., Melo, R. O. de, Renck, D., Aumann, V., Kunde, M. A., Cappellari, A. R., … Morrone, F. B. (2022). Impacto do tratamento oncológico na qualidade de vida de idosas com câncer de mama atendidas pelo Sistema Único de Saúde. PAJAR - Pan-American Journal of Aging Research, 10(1), e43014. https://doi.org/10.15448/2357-9641.2022.1.43014

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