Associação entre níveis de ocitocina e estilos de apego numa amostra de idosos da Estratégia Saúde da Família
DOI:
https://doi.org/10.15448/2357-9641.2021.1.40965Palavras-chave:
idoso, ocitocina, vínculo afetivoResumo
Objetivo: o objetivo desse estudo é identificar o perfil de apego de uma amostra de idosos da Estratégia Saúde da Família e verificar a associação com níveis de ocitocina no soro.
Método: foi realizado um estudo transversal, descritivo e analítico com pacientes idosos, atendidos na Estratégia de Saúde da Família em Porto Alegre, RS. Foram investigadas as variáveis sociodemográficas, ocitocina e estilos de apego. Os instrumentos utilizados foram o Questionário Geral do Programa de Envelhecimento Cerebral (PENCE) para dados sociodemográficos e o Relationship Scale Questionnaire (RSQ) para estilos de apego. A ocitocina foi obtida através do soro e mensurada por meio da técnica de Enzyme-Linked Immunosorbent Assay (ELISA).
Resultados: foram investigados 108 idosos, com prevalência do sexo feminino (73,1%) e média de idade de 71,8 anos. Foi observado uma correlação positiva entre ocitocina e apego seguro (p<0,05) e (r=0,195). Os resultados demonstraram, também, diferença estatisticamente significativa nos estilos de apego ansioso e medroso, entre os sexos.
Conclusão: os achados deste estudo reforçam o importante papel da ocitocina como molécula moduladora do funcionamento social, reforçando a ideia de que, esse neuropeptídeo se apresenta como potencial elo entre a neurofisiologia e a formação do vínculo de apego seguro. Nossos dados sugerem, também, que o gênero pode se apresentar como aspecto influenciador na formação do apego, ampliando ainda mais a discussão acerca da neutralidade, proposta pelo modelo clássico da teoria do apego.
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