Libertad según la esperanza

Imaginación y escatología de Paul Ricoeur y Jacques Lacan

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.15448/0103-314X.2023.1.43826

Palabras clave:

esperanza, kerigma, metáfora, poética, libertad

Resumen

Es a la luz de un eje kerigmático de esperanza y libertad que Ricoeur busca una aproximación de “madurez” entre fi losofía y teología. El kerygma funciona como pasaporte a una nueva inteligencia. La esperanza es una especie de “descentramiento”, entre la metáfora y la parábola, por un lado, y la extravagancia de las cosas narradas y el Reino, por otro. En El yo en el espejo de las Escrituras (presente en Amour et justice) Ricoeur afirma algo fundamental de esta relación. Si la función del símbolo en Ricoeur es confi gurar el espacio del sentido, el símbolo en Lacan está desligado de toda cuestión de sentido. Su función, dice, es incluso “no signifi car nada”. Una estrecha confrontación entre Lacan y Ricoeur en torno a estos tres temas – lo simbólico, lo real y lo imaginario – es útil para describir los posibles obstáculos de la representación en relación con la interpretación de las afirmaciones escatológicas, pues la imaginación en Ricoeur tiene que ver fundamentalmente con la potencia creadora (poético-metafórica) del lenguaje, mientras que la imaginación en Lacan remite a un efecto de alienación en la imagen que, precisamente, impide la creatividad de la vida subjetiva.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

René Armand Dentz Dentz, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MINAS), Belo Horizonte, MG, Brasil.

Doutor em Teologia pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), em Belo Horizonte, MG, Brasil; pós-doutorado pela University of Warsaw (UW), Polônia; pós-doutorado pela Université de Fribourg (UniFR), Suiça; pós-doutorado pela Universidade Católica Portuguesa – Braga (UCP-Braga), Portugal; pós-doutorado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), em Campinas, SP, Brasil. Psicanalista pela Sociedade Psicanalítica Oficial do Brasil (SOPOB), em Vitória da Conquista, BA, Brasil. Professor do Departamento de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), em Belo Horizonte, MG, Brasil.

Citas

BARTHES, Roland. Análise estrutural da narrativa. Sobre atos X-XI. In: BARTHES, Roland. Exegesis e hermenêutica. Paris: Le Seuil, 1971, p. 181-204.

BARTHES, Roland. Introdução à Análise Estrutural das Narrativas. In: Comunicações 8. 1966. p. 1-27.

BULTMANN, Rudolf. Novo Testamento e mitologia. Com um texto inédito de Ricoeur. Genebra: Labor and Fides, 2013.

EDELSON, Marshall. Linguagem e Interpretação na Psicanálise. Chicago: Chicago University Press, 1984.

FREUD, Sigmund. A Interpretação do Sonhos (1899- 1900). In: FREUD, Sigmund Obras completas: psicanálise IV. Paris: PUF, 2004. p. 319-559.

FREUD, Sigmund; BREUER, Joseph. Estudos sobre histeria (1895). Paris: PUF, 1956.

HESTER, Marcus B. O significado da metáfora poética. Haia: Ovelhas, 1967.

LACAN, Jacques. Complexos Familiares na Formação do Indivíduo (1938). In: LACAN, Jacques. Outros escritos, Paris: Seuil, 2001. p. 23-83.

LACAN, Jacques. Função e Campo de Fala e Linguagem na Psicanálise. Relatório do Congresso de Roma, em Psicanálise 1, 1953, p. 81-166. In: LACAN, Jacques. Escrito I (1966). Paris: Seuil, 1999. p. 235-321.

LACAN, Jacques. Mirror Stage as Trainer of the Function of the I (1949). In: LACAN, Jacques. Escrito. Paris: Seuil, 1966, p. 93-100.

LACAN, Jacques. Seminário I. Escritos técnicos de Freud (1953-1954). Paris: Seuil, 1975.

LACAN, Jacques. Seminário II. O eu na teoria de Freud e na técnica psicanalítica (1954-1955). Paris: Seuil, 1978.

LACAN, Jacques. Seminário III. Psicoses (1955-1956). Paris, Seuil, 1981.

LEVI-STRAUSS, Claude. A análise morfológica dos contos russos. Revista Internacional de Linguitic e Poética Eslavas, [S. l.], 1960/3, p. 122-149.

LEVI-STRAUSS, Claude. O estudo estrutural do mito. Antropologia Estrutural, Nova Iorque, Doubleday, p. 202-228, 1967.

MARINHA, Louis. Análise Estrutural de uma Narrativa de Parábola: Mateus 13. In: CHABROL, C.; MARIN, L. (ed.). Semiotic narrativa: narrativas bíblicas. Paris: Didier- Larousse, 1971. p. 1-23.

MARINHA, Louis. Mulheres na tumba. Análise estrutural de um texto evangélico. In: CHABROL, C.; MARIN, L. (ed.). Semiotic narrativa: narrativas bíblicas. Paris: Didier-Larousse, 1971. p. 39-50.

RICOEUR, Paul. Desmiostologização e Hermenêutica. In: BULTMANN, Rudolf. Novo Testamento e mitologia. Genebra: Labor and Fides, 2013.

RICOEUR, Paul. Imagem e Linguagem. In: RICOEUR, Paul. Escritos e palestras 1. Em torno da psicanálise, Paris, Seuil, 2008.

RICOEUR, Paul. Imagem e linguagem. In: RICOEUR, Paul. Psicanálise e Linguagem. New Haven-London: Yale University Press, 1978. p. 293-324.

RICOEUR, Paul. La mémoire, l´histoire, l´oubli. Paris: Seuil, 2000a.

RICOEUR, Paul. La Vie chrétienne. Journal de l´Église presbytérienne au Canada, [S. l.], n. 41, p. 4-6, 1992.

RICOEUR, Paul. Le conflit des interprétations: essais d´herméneutique I. Paris: Editions du Seuil, 1969.

RICOEUR, Paul. L´herméneutique biblique. Paris: Les Éditions du Cerf, 2000b.

RICOEUR, Paul. O Si-Mesmo como um Outro. Campinas: Papirus, 1991.

RICOEUR, Paul. Psychanalysis and Art. In: RICOEUR, Paul. Escritos e palestras 1: em torno da psicanálise. Paris, Seuil, 2008. p. 221-256.

RICOEUR, Paul. Soi-même comme un autre. Paris: Seuil, 1990.

Publicado

2023-02-27