Publicidade de experiência

O desafio de identificar a publicidade mesclada ao entretenimento em vídeos de YouTubers

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.2020.1.37995

Palavras-chave:

Publicidade de experiência, YouTube, Literacia publicitária

Resumo

No contexto de popularização da Internet, temos a produção de conteúdo como prática amplamente difundida através de aparelhos como smartphones. Pessoas se especializam em determinado assunto, produzindo posts, vídeos com o intuito de monetizar o conteúdo. É dentro dessa lógica que temos os YouTubers como profissionais da plataforma, reconhecidos pelos seus inscritos e contratados por marcas para divulgar produtos. Com isso, surge a publicidade de experiência, na qual, ela se mescla ao entretenimento e se torna difícil diferenciá-los. Por isto, este artigo tomou como base um recorte de pesquisa doutoral e discutiu formas de identificação desse discurso publicitário. Concluímos que a publicidade de experiência apresenta características que podem ajudar na percepção do incentivo à compra, porém ela levanta a questão da transparência que precisa ser trabalhada em outras pesquisas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Clara Sidou Monteiro, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Doutora em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, RS, Brasil. Publicitária e mestre em Comunicação pela Universidade Federal do Ceará (UFC).

Referências

ATEM, G. N.; OLIVEIRA, T. M. de; AZEVEDO, S. T. (org.). Ciberpublicidade: discurso, experiência e consumo na cultura transmidiática. Rio de Janeiro: E-papers, 2014.

BEARDEN, William; ETZEL, Michael. Reference group influence on product and brand purchase decisions. Journal of Consumer Research, Cary, NC, US, v. 9, n. 2, p. 183-194, 1982. https://doi.org/10.1086/208911.

BOYD, D. M.; ELLISON, N. B. Social network sites: definition, history, and scholarship. Journal of Computer-Mediated Communication, [s. l.], v. 13, n. 1, p. 210-230, 2007. https://doi.org/10.1111/j.1083-6101.2007.00393.x.

BUCKINGHAM, David. Aprendizagem e cultura digital. Pátio, Porto Alegre, v. 9, n. 44, p. 1-5, 2008.

BURROWES, Patrícia. Observatorio de Publicidad Expandida: una experiencia con talleres de alfabetización en publicidad en Rio de Janeiro, Brasil. Mediaciones, [s. l.], v. 18, 2017, p. 28-38. https://doi.org/10.26620/uniminuto.mediaciones.13.18.2017.28-38.

BURROWES, Patrícia; RETT, Lucimara; MACHADO, Monica. Quem quer dinheiro? A publicidade expandida na reforma da previdência. In: Congresso Internacional de Comunicação e Consumo. Anais [...]. São Paulo: Comunicon, 2018. p. 1-15.

CASAQUI, Vander. Por uma teoria da publicização: transformações no processo publicitário. Significação, São Paulo, v. 38, n.36, 2011, p. 131-151. https://doi.org/10.11606/issn.2316-7114.sig.2011.70935.

COVALESKI, Rogerio. Publicidade híbrida. Curitiba: Maxi editora, 2010.

DIJCK, José Van. The culture of connectivity: a critical history of social media. 2 ed. Nova Iorque: Oxford, 2013.

https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780199970773.001.0001.

FANTIN, Monica. Crianças, dispositivos móveis e aprendizagens formais e informais. Educação temática digital, [s. l.], v. 20, n. 1, 2018, p. 66-80. https://doi.org/10.20396/etd.v20i1.8647545.

GOMES, Neusa. Publicidade: comunicação persuasiva. Porto Alegre: Sulina, 2008.

GOMES, Itania. O infotainment na televisão. In: ENCONTRO DA COMPÓS, 18., 2009, Belo Horizonte. Anais [...]. [S. l.]: Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação, 2009.

JENKINS, Henry. Cultura da convergência. 2 ed. São Paulo: Aleph, 2009.

KARHAWI, Issaaf. Influenciadores digitais: conceitos e práticas em discussão. Comunicare, São Paulo, v. 17, p. 38-42, 2017. Número Especial.

KOTLER, Philip; KARTAJAYA, Hermawan; SETIAWAN, Iwan. Marketing 4.0. Rio de Janeiro: Sextante, 2017.

LANGE, Patricia. Videos of affinity on YouTube. In: SNICKARS, Pelle; VONDERAU, Patrick (org.). The YouTube Reader. Stockholm: Mediehistoriskt, 2009. p. 70-88.

LINDSTROM, Martin. A lógica do consumo: verdades e mentiras sobre por que compramos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

MALMELIN, Nando. What is advertising literacy? Exploring the dimensions of advertising literacy. Journal of visual literacy, [s. l.], v. 29, n. 2, 2010, p. 129-142. https://doi.org/10.1080/23796529.2010.11674677.

MARINHO, Maria Helena. Pesquisa Video Viewers: como os brasileiros estão consumindo vídeos em 2018. Think with Google: 2018. Disponível em: https://goo.gl/oBzbKp. Acesso em: 04 out. 2018.

OROZCO GOMEZ, Guillermo. Entre telas: novos papéis comunicativos e educativos dos cidadãos. In: APARICI, Roberto (org.). Educomunicação: para além do 2.0. São Paulo: Paulinas, 2014.

ROJEK, Chris. Celebrity. Londres: Reaktion Books, 2001.

ROZENDAAL, Esther et al. Reconsidering Advertising Literacy as a Defense Against Advertising Effects. Media psychology, [s. l.], v. 14, n. 4, p. 333-354, 2011. https://doi.org/10.1080/15213269.2011.620540.

WOTTRICH, Laura. “Não podemos deixar passar”: práticas de contestação da publicidade no início do século XXI. 2017. 323 f. Tese (Doutorado em Comunicação e Informação) – Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2017.

WOTTRICH, Laura. Publicidade em xeque: práticas de contestação dos anúncios. Porto Alegre: Sulina, 2019.

Downloads

Publicado

2020-12-22

Como Citar

Monteiro, M. C. S. (2020). Publicidade de experiência: O desafio de identificar a publicidade mesclada ao entretenimento em vídeos de YouTubers. Revista FAMECOS, 27(1), e37995. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2020.1.37995

Edição

Seção

Mídia e Cultura