Graça, corpo e consciência
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2011.3.10376Palavras-chave:
Graça, corpo, dançaResumo
O artigo visa a investigar o esquivo e deslizante conceito de graça ou graciosidade (Anmut) do corpo, tradicionalmente remetido à dança e ao corpo do bailarino. Para tal, retoma a leitura de um instigante texto de Heinrich von Kleist (1997), intitulado Sobre o teatro de marionetes, articulando-o a certas reflexões de José Gil (2001; 2002) acerca do corpo do bailarino, bem como as de Henri Bergson(2001) sobre o mecânico aplicado ao vivo, fonte do riso e da comicidade. A exploração do tema da graça no movimento do corpo a partir deste texto do início do século XIX permite cernir, de modo extemporâneo, as relações entre graça, consciência e imagem, acrescentando à reflexão sobre o corpo na contemporaneidade o tema oportunamente anacrônico da perda da alma e da graça por efeito de uma consciência que se reflete nos espetacularizados espelhos da imagem.Downloads
Referências
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