A literatura infantil entre a experiência estética e a educação moral
DOI:
https://doi.org/10.15448/1981-2582.2018.3.26054Palavras-chave:
Literatura infantil, Experiência, Sujeito moral, Tecnologias do eu.Resumo
O presente artigo tem por finalidade propor uma problematização acerca da dimensão moral abordada pela literatura infantil na educação escolar, entrecruzada com a formação do leitor, enquanto sujeito no ato pedagógico. Interroga-se aqui a intensificação da moral nas práticas educativas em que a literatura infantil perde sua potência ética-estética para alinhar-se com uma proposição de doutrina moral. Por meio de uma pesquisa teórico-bibliográfica, de cunho filosófico, a argumentação é estruturada pela perspectiva de Walter Benjamin – pela referência ao conceito de experiência – e Michel Foucault – no que tange à compreensão de moral como contraponto à ética e à conjugação com a noção de tecnologias do eu, bem como a apropriação de Jorge Larrosa do mesmo conceito.
Downloads
Referências
ADORNO, Theodor. Notas de literatura I. São Paulo: Editora 34, 2003. (Coleção Espírito Crítico).
ARENDT, Hannah. A condição humana. Rio de Janeiro, Forense Universitária, 1997.
______. Entre o passado e o futuro. 6. ed. Tradução: Mauro W. Barbosa. São Paulo: Perspectiva, 2007.
BENJAMIN, Walter. Passagens. Belo Horizonte: Editora UFMG, São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2009.
______. Reflexões sobre a criança, o brinquedo e a educação. São Paulo: Editora 34, 2002.
______. Rua de mão única. In: ______. Obras escolhidas. II: Rua de mão única. São Paulo: Brasiliense, 2000a.
______. Infância em Berlim por volta de 1900. In: ______. Obras escolhidas. II: Rua de mão única. São Paulo: Brasiliense, 2000b.
BRASIL. Ministério da Educação/Ministério da Cultura. Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL). Brasília, 2007.
CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Acesso à leitura no Brasil. In: AMORIM, Galeano (Org.). Retratos da leitura no Brasil. São Paulo: Imprensa Oficial, 2008.
FOUCAULT, Michel. Hermenêutica do sujeito. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
______. Tecnologías del yo. Buenos Aires: Paidós, 1990.
______. História da sexualidade 2: o uso dos prazeres. Rio de Janeiro: Graal, 1984.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
HEGEL, G. W. F. Fenomenologia do espírito. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2005.
LAJOLO, Marisa. Literatura: leitores e leitura. São Paulo: Moderna, 2001.
LARROSA, Jorge. Tecnologias do eu e Educação. In: SILVA, Tomaz Tadeu (Org.). O sujeito da Educação: estudos foucaultianos. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.
______. A construção pedagógica do sujeito moral. In: SILVA, Tomaz Tadeu (Org.). Pedagogias reguladas: a pedagogia construtivista e outras formas de governo do eu. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
MACHADO, Ana Maria. Como e por que ler os clássicos desde cedo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.
NIETZSCHE, Friedrich. O crepúsculo dos ídolos. In: ______. Obras incompletas. São Paulo: Editora 34, 2014.
PALO, Maria José; OLIVEIRA, Maria Rosa D. Literatura infantil: voz de criança. 4. ed. São Paulo, Ática, 2006.
RAMOS, Adriana de Melo; CAMPOS, Soraia Souza; FREITAS, Lisandra Cristina Gonçalves. Uma análise sobre estudos que relacionam a literatura infantil e a oralidade na perspectiva construtivista piagetiana. Nuances: estudos sobre Educação, ano XVIII, v. 23, n. 24, p. 142-161, set./dez. 2012.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2002.
TODOROV, Tzvetan. Les abus de la mémoire. Paris, Arléa, 2004.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Educação implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Educação como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.