Biologia, conhecimento e consciência: articulações possíveis na construção da aprendizagem
DOI:
https://doi.org/10.15448/1981-2582.2016.1.20595Palavras-chave:
Homeostase. Conhecimento. Consciência. Aprendizagem.Resumo
Neste trabalho apresenta-se uma discussão acerca das contribuições da neurobiologia e da epistemologia genética aos processos de construção do conhecimento e da consciência. Discute-se, também, como tais processos se relacionam com os mecanismos de conservação da homeostase dos organismos. Para isso, debruçou-se sobre obras de António Damásio e Jean Piaget na tentativa de compreender as articulações entre organismo e sujeito epistêmico como protagonistas dos atos de manter-se vivo, conhecer e tomar consciência. Seja no âmbito orgânico ou no cognitivo, a manutenção da vida passa pela interação constante e permanente entre organismo e meio. Concebe-se essa interação como fonte de sempre novos desequilíbrios que abrem espaço para novas experiências que, por sua vez, geram novos desenvolvimentos afetivos ou cognitivos. Com isso, são possibilitadas novas aprendizagens, escolares ou não, que concorrem para a sobrevivência em todos os níveis da vida humana.
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