Águas que desenham Moçambique

Autores

  • Cláudia Mentz Martins FURG
  • Neiva Kampff Garcia (FURG)

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-4301.2018.1.28690

Palavras-chave:

Mia Couto, Poesia, Águas moçambicanas.

Resumo

Nos poemas escritos por Mia Couto, assim como na sua produção literária em geral, verificamos a presença da água como um fio condutor. Em nossa percepção, a água é símbolo e/ou metáfora de múltiplos sentidos. Ela conduz o conhecimento, o tempo e a memória, renova e reestrutura a realidade do homem e do meio em que este vive. É o elemento transitório de que fala Gaston Bachelard, sendo ainda o símbolo cosmogônico da eternidade. Na poesia, em especial, se presencializa como personagem, cenário e tema. Sob a ótica do que designamos como águas moçambicanas, tomamos a produção poética do autor e constatamos que das águas eternas, passageiras, criadoras, destruidoras, reais ou simbólicas se nutrem vários poemas de Mia Couto.

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Biografia do Autor

Cláudia Mentz Martins, FURG

Professora Adjunta do Instituto de Letras e Artes da Universidade Federal do Rio Grande

Neiva Kampff Garcia, (FURG)

Pesquisadora do GP "Literatura, Imaginário e Poéticas da Contemporaneidade"

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Publicado

2018-06-27

Como Citar

Martins, C. M., & Garcia, N. K. (2018). Águas que desenham Moçambique. Letrônica, 11(1), 30–44. https://doi.org/10.15448/1984-4301.2018.1.28690