Identidade e zoomorfismo: uma análise da personagem Ananta do romance As horas nuas, de Lygia Fagundes Telles

Autores

  • Fábio Augusto Steyer Universidade Estadual de Ponta Grossa.
  • Jeanine Geraldo Javarez Universidade Estadual de Ponta Grossa

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-4276.2017.2.24993

Palavras-chave:

Identidade, Zoomorfismo, Literatura intimista, Personagem

Resumo

As horas nuas, de Lygia Fagundes Telles, publicado pela primeira vez em 1989, apresenta-nos um texto fragmentado, em que a narrativa é dividida entre três personagens principais: Rosa Ambrósio, ex-atriz alcoólatra; Rahul, o gato de estimação de Rosa, alma humana reencarnada no corpo de um felino; e Ananta, terapeuta de Rosa. Neste artigo, propomos analisar de que forma o zoomorfismo relatado pela terapeuta contribui para a construção de sua identidade. A análise será feita com base nos teóricos Bauman, Hall e Woodward, e na pesquisa desenvolvida por Vera Maria Tietzmann Silva sobre a metamorfose na obra de Lygia Fagundes Telles. A discussão passará, ainda, pelo viés simbólico na investigação do significado do nome da personagem em questão, cujos resultados comprovam a ideia defendida aqui.

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Identity and animalism: an analysis of Ananta, character of the novel The bare hours, of Lygia Fagundes Telles

Abstract: The bare hours of Lygia Fagundes Telles, first published in 1989, presents us with a fragmented text, in which the narrative is divided between three main characters: Rosa Ambrósio, alcoholic former actress; Rahul, Rosa’s cat, a reincarnated human soul in the body of a feline; and Ananta, Rosa’s therapist. In this article, we propose to examine how the animalism reported by the therapist contributes to the construction of her identity. The analysis will be based on Bauman, Hall and Woodward, and on a research developed by Vera Maria Tietzmann Silva about the metamorphosis in Lygia Fagundes Telles composition. The discussion will also be made under the symbolic bias of the meaning of the therapist’s name, whose results confirm the idea defended here.


Keywords: Identity; Animalism; Intimist Literature; Character

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Biografia do Autor

Fábio Augusto Steyer, Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Possui Licenciatura em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1998), Bacharelado em Comunicação Social/Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1998), Licenciatura em Letras/Português pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2006), Mestrado em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2000) e Doutorado em Letras/Literatura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2006). Atualmente é professor adjunto (concursado, 40 horas) no Departamento de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), atuando na Graduação em Letras Português/Inglês, Português/Espanhol e Português/Francês e no Mestrado em Linguagem, Identidade e Subjetividade da instituição. Tem experiência nas áreas de História, Letras, Cinema e Comunicação Social, com ênfase em História da Literatura Gaúcha e Brasileira, Relações entre Literatura, Cinema e História, História da Imprensa Brasileira, Mídia e Contemporaneidade, História Regional do Brasil e Antropologia da Morte, atuando principalmente nos seguintes temas: cinema, morte, arte cemiterial, história do RS, história do cinema, literatura gaúcha e brasileira, história da imprensa gaúcha e brasileira e mídia e pós-modernidade.

Jeanine Geraldo Javarez, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Graduada em Letras/ Português e Inglês pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (2014), cursa Especialização em Narrativas Visuais pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, câmpus Curitiba, e Mestrado em Linguagem, Identidade e Subjetividade, pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, vinculada à linha de pesquisa de Pluralidade, Identidade e Ensino.

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Publicado

2018-01-31

Como Citar

Steyer, F. A., & Javarez, J. G. (2018). Identidade e zoomorfismo: uma análise da personagem Ananta do romance As horas nuas, de Lygia Fagundes Telles. Navegações, 10(2), 141–148. https://doi.org/10.15448/1983-4276.2017.2.24993

Edição

v. 10 n. 2 (2017)

Seção

Ensaios

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