Interrogações sobre o lugar do sujeito no delineamento de uma educação especializada
DOI:
https://doi.org/10.15448/1981-2582.2015.2.20043Palavras-chave:
Educação especial. Sujeito. Psicanálise.Resumo
Neste artigo, buscou-se indicar alguns movimentos históricos e sociais que foram relevantes para a constituição da educação especializada e que possibilitaram o delineamento de um campo de intervenção em relação à infância distinguida como anormal, tanto no que diz respeito ao surgimento dos incipientes sistemas de ensino quanto à formalização de espaços destinados à abordagem clínica voltada para esse grupo. Nesse contexto, procurouse evidenciar a emergência da figura do especialista, que passa a intervir de modo decisivo nos espaços institucionais a partir de saberes, por vezes tomados como verdade, sobre esses sujeitos. A noção de discurso como forma de estabelecimento do laço social permite formalizar o modo como esses saberes produzem um lugar institucional e social para as pessoas consideradas diferentes, e discutir o quanto o percurso da educação especializada é marcado por uma alternância de significantes-mestres que tendem a cristalizar verdades sobre um sujeito que não é, em sua totalidade, passível de definição.
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