Modelagem matemática e conexões com o ensino de ciências
metodologia TPACK como ensaio para uma pedagogia humanizadora
DOI:
https://doi.org/10.15448/1981-2582.2024.1.45562Palavras-chave:
Modelagem Matemática., Humanização., Ensino de Ciências.Resumo
Este artigo tem o objetivo de transcrever, sistematizar e teorizar uma prática em modelagem matemática, realizada com estudantes do Ensino Fundamental II, de uma escola pública do noroeste do Rio Grande do Sul e demonstrar conexões possíveis com o ensino de ciências da natureza. Assume-se o entendimento de que a aprendizagem requer conhecimentos interdisciplinares e procedimentos didático-metodológicos que permitam aos estudantes encontrarem sentido no que vão aprender, sendo fundamental, para isso, que o diálogo e a perspectiva humanizadora estejam no horizonte da ação docente. A pesquisa, de natureza fenomenológica, com abordagem experimental de análise descritiva e interpretativa, traz ao texto a base conceitual do Technological Pedagogical Content Knowledge (TPACK) como alternativa para transformar as práticas pedagógicas e pensar em ‘pedagogias’ mais humanizadoras. Uma experiência em modelagem matemática é apresentada dentro do ensino de ciências para demonstrar as interfaces e a necessidade de conhecimentos subsunçores que deem sustentação a novas aprendizagens. O texto é um exercício de síntese e argumentação para demonstrar que a prática pedagógica necessita ser transpassada pela perspectiva harmonizadora, como condição para se pensar em novas ‘pedagogias’ para nossas escolas. Com engajamento e participação ativa no processo de modelagem matemática, os estudantes fortalecem a compreensão dos fundamentos científicos subjacentes, contribuindo para uma aprendizagem mais significativa e contextualizada.
Downloads
Referências
Aços Nobre. (2023). Densidade do aço: tudo o que você precisa saber! https://acosnobre.com.br/blog/densidade-do-aco/
Almeida, P. C. A., Davis, C. L. F., Calil, A. M. G. C., & Vilalva, A. M. (2019). Categorias teóricas de Shulman: revisão integrativa no campo da formação docente. Cadernos de Pesquisa, 49(174), 130-150. http://educa.fcc.org.br/pdf/cp/v49n174/pt_1980- 5314-cp-49-174-130.pdf DOI: https://doi.org/10.1590/198053146654
Bassanezi, R. C. (2015). Ensino - Aprendizagem com Modelagem Matemática. Contexto.
Battisti, S. M. R. (2020). A modelagem matemática no contexto das ciências ambientais: uma proposta de aprendizagem significativa para o 6º ano do Ensino Fundamental II [Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo].
Bicudo, M. A. V. (2000). Fenomenologia: confrontos e avanços. Cortez.
Bicudo, M. A. V. (2010). Filosofia da Educação Matemática: fenomenologia, concepções, possibilidades didático-pedagógicas. Unesp. DOI: https://doi.org/10.7476/9788539304370
Bicudo, M. A. V. (2013). Pesquisa qualitativa e pesquisa qualitativa segundo a abordagem fenomenológica. In M. C. Borba & J. L. Araújo (Eds.), Pesquisa qualitativa em Educação Matemática (pp. 111-124). Autêntica.
Biembengut, M. S. (2009). 30 anos de Modelagem Matemática na Educação Brasileira: das propostas primeiras às propostas atuais. Alexandria Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 2(2), 7-32.
Born, B. B., Prado, A. P., & Felippe, J. M. F. G. (2019). Profissionalismo docente e estratégias para o seu fortalecimento: entrevista com Lee Shulman. Educação e Pesquisa, 45(1). DOI: https://doi.org/10.1590/s1678-4634201945002003
Burak, D. (2004). Modelagem Matemática e Sala de Aula. In Encontro Paranaense de Modelagem na Educação Matemática. Anais [...] (pp. 01-11). Unioeste.
Charlot, B. (2000). Da relação com o saber - elementos para uma teoria. Artmed.
Charlot, B. (2020). Educação ou barbárie? Uma escolha para a sociedade contemporânea. Cortez.
Cibotto, R. A. G. & Oliveira, R. M. M. A. (2017). TPACK – conhecimento tecnológico e pedagógico do conteúdo: uma revisão teórica. Imagens da Educação, 7(2), 11-23. DOI: https://doi.org/10.4025/imagenseduc.v7i2.34615
Dewey, J. (1979). Como pensamos: como se relaciona o pensamento reflexivo com o processo educativo, uma reexposição. Nacional.
Fogaça, J. R. V. (2023). Aço. Brasil Escola. https://brasilescola.uol.com.br/quimica/aco.htm
Freire, P. (1997). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Paz e Terra.
Froehner, S., Leithold, J., & Lima Júnior, L. F. (2007). Transesterificação de óleos vegetais: caracterização por cromatografia em camada delgada e densidade. Química Nova, 30(8), 2016-2019. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-40422007000800037
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. (2018). Pisa 2018 revela baixo desempenho escolar em leitura, matemática e ciências no Brasil. Brasília, Brasil. https://www.gov.br/inep/ptbr/assuntos/noticias/acoes-internacionais/pisa-2018-revela-baixo-desempenho-escolar-em leitura-matematica-e-ciencias-no-brasil
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. (2022). Resultados. Brasília, Brasil. https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/ideb/resultados
Larrosa, J. (2019). Esperando não se sabe o quê. Sobre o ofício de professor. Autêntica. DOI: https://doi.org/10.14201/teri.22179
Larrosa, J. (2022). Tremores: escritos sobre a experiência. Autêntica.
Libâneo, J. C. & Santos, A. (2020). Educação na era do conhecimento em rede e transdisciplinaridade. Alínea.
Marcão, D. G, Oliveira, G. S., & Santos, A. O. (2021) Modelagem como uma estratégia metodológica para ensinar matemática. Revista Valore, 6(ed. esp.), 4-22. DOI: https://doi.org/10.22408/reva60202110344-22
Medeiros, M. (2020). Água destilada e água de torneira: resposta a dúvida. QuiProcura Química. https://quiprocura.net/w/2020/03/03/agua-destilada-e-agua-de-torneira-resposta-a-duvida/
Mendes, I. A. (2009). Matemática e investigação em sala de aula: tecendo redes cognitivas na aprendizagem. Livraria da Física.
Meyer, J. F. C. A., Caldeira, A. D., & Malheiros, A. P. S. (2011). Modelagem em Educação Matemática. Autêntica.
Mkoehler (2011). Using the TPACK Image. TPACK Org. http://tpack.org/
Montessori, M. (1965). Pedagogia científica: a descoberta da criança. Flamboyant.
Moreira, M. A. & Masini, E. F. S. (2001). Aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. Centaurus.
Moreira, W. P., Lorenzoni, L. L., & Rezendi, O. L. T. (2021). 5 etapas para a realização de uma atividade de modelagem matemática em sala de aula: guia do professor. IFES.
Morin, E. & Díaz, C. J. D. (2016). Reinventar a educação: abrir caminhos para a metamorfose da humanidade. Palas Athena.
Morin, E. (2007). Introdução ao Pensamento Complexo. Sulina.
Morin, E. (2011). Os sete saberes necessários à educação do futuro. Cortez; Unesco.
Morin, E. (2015). Ensinar a viver: manifesto para mudar a educação. Sulina.
Nóvoa, A. (2022). Escolas e professores: proteger, transformar, valorizar. SEC/IAT.
Nussbaum, M. (2019). Sem fins lucrativos: porque a democracia precisa das humanidades. Martins Fontes.
Oliveira, B. M., Melo Filho, J. M., & Afonso, J. C. (2013). A densidade e a evolução do densímetro. Revista Brasileira de Ensino de Física, 35(1), 1601-1610. DOI: https://doi.org/10.1590/S1806-11172013000100024
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. (2022). Reimaginar nossos futuros juntos: um novo contrato social para a educação. Comissão Internacional sobre os Futuros da Educação.
Papert, S. (1994). A máquina das crianças: repensando a escola na era da informática. Artmed.
QEdu (2023). Taquaruçu do Sul. https://qedu.org.br/municipio/4321329-taquarucu-do-sul
Ribeiro, P. R. L. & Piedade, J. M. N. (2021). Revisão sistemática de estudos sobre TPACK na formação de professores no Brasil e em Portugal. Educação em Questão, 59(59), 1-26. DOI: https://doi.org/10.21680/1981-1802.2021v59n59ID24458
Rogers, C. R. R. (1977). A pessoa como centro. E.P.U.
Rousseau, J. J. (1999). Emílio ou Da Educação. Martins Fontes.
Shulman, L. (2010). Entrevista. ComCiência, (115), 1-2. http://comciencia.scielo.br/pdf/cci/n115/a13n115.pdf
Sousa, E. S., Lara I. C. M., & Ramos, M. G. (2018). Concepções de modelagem e a pesquisa em sala de aula na educação matemática. Revista Exitus, 8(1), 250-275. DOI: https://doi.org/10.24065/2237-9460.2018v8n1ID397
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Educação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Educação implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Educação como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.