Educar pela sombra
Contemporâneo e educação a partir de uma pintura de Jan Lievens
DOI:
https://doi.org/10.15448/1981-2582.2021.3.33992Palavras-chave:
comtemporaneidade, filosofia da educação, Jan Lievens, tecnologia educacionalResumo
Este ensaio analisa uma pintura de Jans Lievens (1607-1674), que retrata um menino em um ateliê, com o objetivo de discutir a “contemporaneidade” – desde a perspectiva de Giorgio Agamben – de uma educação a partir do uso da “sombra” como potência educativa. O ateliê é entendido aqui como um espaço dinâmico e formador marcado por (a) um “uso das coisas”, opondo-se ao consumo das coisas e (b) por uma margem de “sombra” capaz de tencionar a luz como seu contrário. A pintura, concentrando estas características distintivas que são postas em relevo pelos autores, permite conceber um jogo em que “sombra” e “luz” compõem uma relação cooperativa e que, em termos educacionais, conduz à positivação da “marginalidade” – de forma não estigmatizante –, o inacabado e a abertura – à criação – como componentes da formação humana.
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