Da justiça como princípio de vontade igualitária para a justiça como aumento de potência. Nietzsche e a justiça como meio de inversão da má consciência em aumento da potência afirmadora da vida
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-6746.2018.2.30101Palabras clave:
Nietzsche, Justiça, Má Consciência, RessentimentoResumen
Conceber a justiça como princípio que iguala, é colocar-se no processo contrário ao aumento da vida. É esta a ideia principal que se depreende dos escritos de Nietzsche, em especial, em Humano, demasiado humano e Para a Genealogia da moral. Compreendida como jogo de forças, a vida se eleva na medida em que, a ela, se opõe obstáculos, como é o caso da violência, da guerra, da ofensa e da exploração. À medida em que a justiça sacraliza a vingança, eleva os afetos reativos, colocando-se numa posição de hostilidade à promoção da vida. Pelo contrário, à justiça cabe romper com aquela instituição da lei que somente enxerga a proposição do prejudicado, para colocar-se ao lado do ser humano ativo, violento e excessivo. À justiça se liga, portanto, um valor biológico que eleva e estimula os afetos ativos que querem dominar e possuir, de modo a inverter a má consciência em boa consciência, substituindo a vingança e o ressentimento pela afirmação das forças. Em que medida a justiça, que lida sob este prisma biologicista, é capaz de dar conta daquilo que lhe compete enquanto promoção do bem comum?
Descargas
Citas
CAMARGO, Gustavo Arantes. Relações entre justiça e moral no pensamento de Nietzsche. Estudos Nietzsche. Curitiba, v. 2, n. 1, p. 79-97, jan./jun. 2011. DOI: https://doi.org/10.7213/ren.v2i1.22593
FINK, Eugen. A filosofia de Nietzsche. Lisboa: Editorial Presença.
LACERDA, Bruno Amaro. Nietzsche e a igualdade da justiça. Revista da Faculdade de Direito do Sul de Minas, Pouso Alegre, v. 33, n. 2: 158-171, jun./dez. 2017.
MARTON, Scarlett. Nietzsche. A transvaloração dos valores. Coleção Logos. São Paulo: Editora Moderna, 1993.
MEURER, Reinhart. O outro Nietzsche: justiça contra utopia moral. In: Trans/Form/Ação, São Paulo, 18: 171-182, 1995. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-31731995000100013
NIETZSCHE, Friedrich. SämtlicheWerke: Kritische Studienausgabe in 15 Bänden herausgegeben von Giorgio Colli und Mazzino Montinari. Berlin: de Gruyter, 1999.
______. Nietzsche Briefwechsel: herausgegeben von Giorgio Colli und Mazzino Montinari. Berlin: Walter de Gruyter, 1981.
______. Humano, demasiado humano. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.
______. Além do bem e do mal. Prelúdio a uma filosofia do futuro. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
______. Genealogia da moral. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
PASCOAL, Antonio Edmilson. Nietzsche e o Ressentimento. São Paulo: Humanitas, 2014.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de Autor
La sumisión de originales para la Revista Veritas implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a Revista Veritas como el medio de la publicación original.
Creative Commons License
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada. Copyright: © 2006-2020 EDIPUCRS