“The law lives by the exception”
A reading of the legal-political machine in Giorgio Agamben
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-6746.2024.1.45237Keywords:
Agamben, law, exception, homo sacer, biopolitics.Abstract
This article aims to analyze the functioning of the legal-political machine according to the thoughts of Giorgio Agamben. Starting from the reinterpretation of the foundations of the State as a legal relationship of abandonment, the work develops the hypothesis that "the law lives by the exception", understanding this formulation in the double sense that the exception originates the legal order and can also end it and, at the same time, it constitutes its normal mode of application. In light of Agamben's philosophy, the legal-political machine operates through the articulation between auctoritas and potestas; however, by making authority and power coincide, modernity allowed the state of exception, which articulates the two poles of the machine, to become the rule. This work's contribution highlights how the supposed ineffectiveness of legal norms, often interpreted as an absence of law, is not only structural to the legal system but functional for the governance of bodies.
Downloads
References
AGAMBEN, Giorgio. Estado de exceção. Tradução de Iraci D. Poleti. 2.ª ed. São Paulo: Boitempo, 2004.
AGAMBEN, Giorgio. Bataille e o paradoxo da soberania. Tradução de Nilcéia Valdati. Outra Travessia, Ilha de Santa Catarina, n. 5, p. 91-94, jul/dez., 2005a.
AGAMBEN, Giorgio. Entrevista a Vladimir Safatle. A política da profanação. Folha de São Paulo, São Paulo, n.p., setembro, 2005b.
AGAMBEN, Giorgio. Entrevista a Flávia Costa. Tradução de Susana Scramim. Revista do Departamento de Psicologia - UFF, Niterói, v. 18, n. 1, p. 131-136, jan./jun., 2006. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-80232006000100011
AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua I. Tradução de Henrique Burigo. 2.ª ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010a.
AGAMBEN, Giorgio. Signatura rerum: Sobre el método. Traducción de Flavia Costa y Mercedes Ruvituso. Barcelona: Editorial Anagrama, 2010b.
AGAMBEN, Giorgio. O reino e a glória: uma genealogia teológica da economia e do governo: homo sacer, II, 2. Tradução Selvino Assmann. São Paulo: Boitempo, 2011.
AGAMBEN, Giorgio. A comunidade que vem. Tradução e notas de Cláudio Oliveira. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013a.
AGAMBEN, Giorgio. Entrevista a Dirk Schümer. A crise infindável como instrumento de poder. Tradução de Artur Renzo. Blog da Boitempo, 2013b.
AGAMBEN, Giorgio. O que a renúncia de Ratzinger ensina à política. IHU Unisinos, São Leopoldo, n.p. fev. 2013c. Disponível em: www.ihu.unisinos.br/517651-o-que-a-renuncia-de-ratzinger-ensina-a-politica-artigo-de-giorgio-agamben. Acesso em: 09 jun. 2014.
AGAMBEN, Giorgio. Como a obsessão por segurança muda a democracia. Diplomatique Brasil, São Paulo, v. 78, jan. 2014a. Disponível em: https://diplomatique.org.br/como-a-obsessao-por-seguranca-muda-a-democracia/. Acesso em: 09 jun. 2023.
AGAMBEN, Giorgio. Entrevista a Juliette Cerf. O pensamento como coragem. Tradução de Pedro Lucas Dulci. Outras palavras, São Paulo, jul. 2014b. Disponível em: Acesso em: 15 out. 2017.
AGAMBEN, Giorgio. Estado de exceção e genealogia do poder. Revista Brasileira de Estudos Políticos, Belo Horizonte, n. 108, p. 21-39, jan./jun., 2014c. DOI: https://doi.org/10.9732/P.0034-7191.2014v108p21
AGAMBEN, Giorgio. O amigo & O que é um dispositivo? Tradução de Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2014d.
AGAMBEN, Giorgio. Por uma teoria do poder destituinte. 5dias.net. fev. 2014e. Disponível em: <5dias.wordpress.com/2014/02/11/por-uma-teoria-do-poder-destituinte-de-giorgio-agamben>. Acesso em: 07 fev. 2017.
AGAMBEN, Giorgio. A potência do pensamento: ensaios e conferências. Tradução de António Guerreiro. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015a.
AGAMBEN, Giorgio. Entrevista. El miedo prepara para aceptarlo todo. L’Obs, 2015b.
Disponível em: https://ficciondelarazon.org/2015/09/25/giorgio-agamben-el-miedo-prepara-para-aceptarlo-todo-entrevista-con-lobs/. Acesso em: fev. 2023.
AGAMBEN, Giorgio. Meios sem fim: notas sobre a política. Tradução Davi Pessoa Carneiro. 1. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015c.
AGAMBEN, Giorgio. O tempo que resta: um comentário à Carta aos Romanos. Tradução Davi Pessoa e Cláudio Oliveira. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016.
ARENDT, Hannah. Origens do totalitarismo. Tradução de Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
AUGUSTO, Walter Marquezan. Desativar o direito: Um caminho a partir da obra de Giorgio Agamben. (Dissertação em Direito). 2014. 167 p. Programa de Pós-Graduação em Direito, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2014.
CASTRO, Edgardo. Introdução a Giorgio Agamben: uma arqueologia da potência. Belo Horiozonte: Autêntica Editora, 2013.
CHEROBIN, Rafael Caetano. A perda do mundo, a emergência da vida e a exceção permanente: elementos para uma análise jurídico-política à luz de Giorgio Agamben. (Dissertação em Direito). 2013. 190 p. Programa de Pós-Graduação em Direito, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2013.
HOBBES, Thomas. Do cidadão. 2.ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. Tradução João Baptista Machado. 7.ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
NASCIMENTO, Daniel Arruda. Do fim da experiência ao fim do jurídico: percurso de Giorgio Agamben. São Paulo: LiberArs, 2012.
NODARI, Alexandre. O que é um bandido? (Sobre o debate do desarmamento). Instituto da Cultura e da Barbárie. 2005. Disponível em: <http://culturaebarbarie.org/textos/bandido.pdf>. Acesso em: 24 ago. 2017.
PINTO NETO, Moysés. A Matriz Oculta do Direito Moderno: crítica do constitucionalismo contemporâneo. Cadernos de Ética e Filosofia Política, São Paulo, n. 17, p. 131-152, fev. 2010.
PINTO NETO, Moysés. Estado de Direito e Estado de Exceção: as diferenças entre Agamben e o liberalismo político. Profanações, Mafra, v. 1, n. 1, p. 4-21, jan./jun., 2014.
SCHMITT, Carl. Teologia política. In: SCHMITT, Carl. A crise da democracia parlamentar. Tradução Inês Lohbauer. São Paulo: Scritta, 1996.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 Veritas (Porto Alegre)
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright
The submission of originals to Revista Veritas implies the transfer by the authors of the right for publication. Authors retain copyright and grant the journal right of first publication. If the authors wish to include the same data into another publication, they must cite Revista Veritas as the site of original publication.
Creative Commons License
Except where otherwise specified, material published in this journal is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International license, which allows unrestricted use, distribution and reproduction in any medium, provided the original publication is correctly cited. Copyright: © 2006-2020 EDIPUCRS</p