A filosofia posta em pessoas: por uma ética do poema em Celan e Derrida
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-6746.2020.2.37043Palavras-chave:
Desconstrução, Escritura, Impossível., Paul Celan, SuplementoResumo
O presente artigo quer encontrar um modo de pensar a filosofia a partir de uma escrita marcada pelo que vamos seguir entendendo como “pessoas”. Jacques Derrida será o norte teórico desse texto, ao que ele próprio traz em linhas muito precisas ao longo de sua obra em torno da expressão “digno de seu nome”. Se há dignidade ou se algo detém uma dignidade e por ela um nome, se a palavra dignidade [Würdigkeit] ainda nos remete, como em Kant, à noção incondicional de “pessoa” e se ela pode nesse registo e, como veremos, ser estendida ao todo-outro e ainda assim inscrever uma “majestade”, é dessa forma que a expressão “digno de seu nome” atravessa a obra de Derrida quando ele inicia um incansável trabalho com a palavra, especialmente em seus escritos tardios, cuja significação não é mais objetável.
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