A aceitação do ser humano por Deus: A doutrina da justificação em João Duns Scotus com um olhar para Martim Lutero
DOI:
https://doi.org/10.15448/0103-314X.2019.1.34705Palavras-chave:
João Duns Scotus. Martim Lutero. Justificação. Graça. Aceitação divina. Contingência.Resumo
Na história da teologia anterior ao tempo de Martim Lutero, é acima de tudo na Escola Franciscana que encontramos uma nova abordagem na direção de um entendimento da atividade salvífica de Deus. João Duns Scotus (1265/1266-1308) foi o pensador franciscano que deu atenção especial e, assim, propôs uma nova estrutura conceitual às doutrinas teológicas da salvação e da graça. Neste estudo, faz-se a tentativa de mostrar possíveis ligações entre a abordagem de Scotus e a de Martim Lutero, no século 16. Lutero oferece uma interpretação da atividade de salvação, de Deus, como justificação do pecador pela graça somente, ao passo que Scotus, pouco mais de dois séculos antes, e sob a pressuposição da sua concepção de Deus como um ente infinito racional e volitivo e como Criador contingente, entende essa atividade como a aceitação do pecador através da misericórdia de Deus somente.
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