Dor aguda e crônica nas costas em adultos e idosos no sul do Brasil
Um estudo de base populacional
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6108.2021.1.39824Palavras-chave:
dor nas costas, dor crônica, dor aguda, epidemiologiaResumo
Objetivos: determinar a prevalência de dores aguda e crônica nas costas e fatores associados e identificar as consequências dessas dores em adultos e idosos no Sul do Brasil.
Métodos: estudo transversal realizado em 2019, em Criciúma, Santa Catarina, em indivíduos com 18 anos ou mais. Dor aguda foi a dor nas regiões cervical, torácica ou lombar não superior a três meses e dor crônica como dor por três meses ou mais. Foram realizadas análises bivariadas e regressão logística multinomial.
Resultados: entre os 820 participantes, a prevalência de dor nas costas foi de 67,0%, dor aguda 39,3% (IC 95%: 35,5% a 43,3%) e dor crônica 27,4% (IC 95%: 24,5% a 30,4%). A dor aguda nas costas foi associada a mulheres, sobrepeso, obesidade e a distúrbio musculoesquelético relacionado ao trabalho/lesão por esforço repetitivo, enquanto a dor crônica, foi constatada majoritariamente em mulheres, tendo relação com sedentarismo, quedas, distúrbio musculoesquelético relacionado ao trabalho/lesão por esforço repetitivo e artrite/reumatismo.
Conclusões: a dor aguda mais associada a excesso de peso/obesidade e a dor crônica contribuiu para o absenteísmo e procura pelos serviços de saúde.
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