Efeitos dos alongamentos estático, balístico e facilitação neuromuscular proprioceptiva sobre variáveis de salto vertical
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6108.2015.4.21443Palavras-chave:
força muscular, exercícios de alongamento muscular, terapia por exercício.Resumo
Objetivos: O alongamento muscular antes do exercício é controverso quanto aos seus efeitos em relação ao desempenho muscular. Com isso, o objetivo deste estudo foi comparar o efeito do alongamento estático, balístico e da facilitação neuromuscular proprioceptiva sobre a potência muscular, tempo e altura de salto.
Métodos: Para este estudo de intervenção, não controlado e cruzado, foram incluídos 20 jovens estudantes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, de ambos os sexos, com idade entre 18 a 28 anos, sem queixas de dor e sem lesões musculoesqueléticas. A amostra foi dividida em quatro subgrupos, sendo que três deles recebiam um dos três tipos de alongamento (estático, balístico ou facilitação neuromuscular proprioceptiva), enquanto o quarto subgrupo era o controle. As intervenções foram realizadas uma vez por semana, na forma de rodízio, ao longo de quatro semanas, ao final das quais todos os subgrupos haviam realizado todos os procedimentos em estudo. Logo após os alongamentos (ou isoladamente, nos controles) eram realizados saltos em uma plataforma de saltos verticais e avaliadas variáveis relativas ao desempenho nessa prova. A análise estatística foi feita por meio da Análise de Variância com medidas repetidas, com nível de significância de 5%.
Resultados: Analisando-se as médias obtidas pelos quatro grupos para as variáveis do salto vertical, não houve diferença significativa na potência muscular, tempo ou altura de salto, antes e após a aplicação dos três tipos de alongamento. Os valores de p obtidos foram 0,508 para potência muscular; 0,674 para tempo de salto; e 0,606 para altura de salto.
Conclusões: Se há objetivo de ganho de extensibilidade prévio à atividade física que envolva salto e potência, não se contraindica o uso de alongamento, visto que parece não haver influência negativa deste sobre variáveis importantes para o salto em jovens saudáveis, pelo menos dentro de um período de quatro semanas.
Downloads
Referências
Voigt L, Vale RGDS, Novaes J da S, Lima J, Dantas EHM. Efeito de uma e três repetições de 10 segundos de insistência do método estático para o aumento da flexibilidade em homens adultos jovens. Acta Sci Heal Sci. 2011;33(1):59–64. http://dx.doi.org/10.4025/actascihealthsci.v33i1.7896
Almeida PHF de, Barandalize D, Ribas DIR, Gallon D, Macedo ACB de, Gomes ARS. Alongamento muscular: suas implicações na performance e na prevenção de lesões / Muscle stretching: implications at the performance and injury prevention. Fisioter Bras. 2009;22(3):335–43.
Tirloni AT, Belchior ACG, Carvalho PDTC De, Reis FA dos. Efeito de diferentes tempos de alongamento na flexibilidade da musculatura posterior da coxa / Effect of different stretching durations on posterior thigh muscle flexibility. Fisioter e Pesqui. 2008;15(1):47–52.
Katalinic OM, Harvey LA, Herbert RD, Moseley AM, Lannin NA, Schurr K. Stretch for the treatment and prevention of contractures. Cochrane Database Syst Rev [Internet]. 2010 Jan [cited 2013 May 22];(9):CD007455. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20824861
Harvey L, Herbert R, Crosbie J. Does stretching induce lasting increases in joint ROM? A systematic review. Physiother Res Int. 2002;7(1):1–13. http://dx.doi.org/10.1002/pri.236
Ramos GV, Santos RR dos, Gonçalves A. Influência do alongamento sobre a força muscular: uma breve revisão sobre as possíveis causas /The effect of stretching on muscle strength: a short review of possible causes. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2007;9(2):203–6.
Alencar TAM Di, Matias KF de S. Princípios fisiológicos do aquecimento e alongamento muscular na atividade esportiva. Rev Bras Med Esporte. 2010;16(3):230–4. http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922010000300015
Gama ZA da S, Medeiros CADS, Dantas AVR, Souza TO de. Influência da freqüência de alongamento utilizando facilitação neuromuscular proprioceptiva na flexibilidade dos músculos isquiotibiais. Rev Bras Med Esporte. 2007;13(1):33–8. http://dx.doi.org/10.1590/s1517-86922007000100008
Lima RCM, Pessoa BF, Martins BLT, Freitas DBN de. Analysis of durability of hamstring stretching effect in two forms of intervention. Acta Fisiatr. 2006;13(1):32–8.
Ayala F, Baranda PS de, Cejudo A. El entrenamiento de la flexibilidad: técnicas de estiramiento. Rev Andal Med Deport. 2013;5(3):105–12. http://dx.doi.org/10.1016/S1888-7546(12)70016-3
Badaro AFV, Silva AH, Beche D. Flexibilidade versus alongamento: esclarecendo as diferenças / Flexibility and stretching: review of concepts and applicability. Saúde. 2007;33(1):32–6.
Feland JB, Marin HN. Effect of submaximal contraction intensity in contract-relax proprioceptive neuromuscular facilitation stretching. Br J Sport Med. 2004;38(4):18–9. http://dx.doi.org/10.1136/bjsm.2003.010967
Bradley PS, Olsen PD, Portas MD. The effect of static, ballistic, and proprioceptive neuromuscular facilitation stretching on vertical jump performance. J Strength Cond Res. 2007;21(1):223–6. http://dx.doi.org/10.1519/00124278-200702000-00040
Gomes MM, Pereira G, Freitas PB De, Barela JA. Características cinemáticas e cinéticas do salto vertical: comparação entre jogadores de futebol e basquetebol / Kinematic and kinetic characteristics of vertical jump: comparison between soccer and basketball players. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2009;11(4):392–9.
Lee. Tamanho de amostra para pesquisa em ciências da saúde. [Internet]. 2013. Available from: http://www.lee.dante.br/pesquisa/amostragem/calculo_amostra.html
Bergamin LF, Coledam DHC, Talamoni GA, Santos JW dos. Efeitos dos aquecimentos com alongamentos ou com saltos sobre a impulsão vertical em jogadores infantis de futebol. Coleção Pesqui Educ Física. 2009;8(5):175–80.
Ferreira VDS, Muller BC, Achour Junior A. Efeito agudo de exercícios de alongamento estático e dinâmico na impulsão vertical de jogadores de futebol. Motriz. 2013;19(2):450–9. http://dx.doi.org/10.1590/s1980-65742013000200022
Nogueira CJ, Galdino LA dos S, Vale RG de S, Dantas EHM. Efeito agudo do alongamento submáximo e do método de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva sobre a força explosiva. HU Rev. 2009;35(1):43–8.
Galdino LA dos S, Nogueira CJ, César EP, Fortes MEP, Perrout JR, Dantas EHM. Potência após flexionamento. Fit Perf J. 2005;4(1):11–5.
Conceição MC de SC, Vale RG de S, Bottaro M, Dantas EHM, Novaes J da S. Efeitos de quatro tempos diferentes de permanência de flexionamento estático na flexibilidade de adultos jovens. Fit Perf J. 2008;7(2):88–92. http://dx.doi.org/10.3900/fpj.7.2.88.p
Nodari Junior RJ, Galdino LAS, Nogueira CJ, Dantas EHM. Comparação entre diferentes volumes de flexionamento sobre a força explosiva /Comparison between different volumes of flexibilising upon explosive strength. R Bras Ci e Mov. 2012;20(3):72–8.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Scientia Medica implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Scientia Medica como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.