Um estudo do rendimento do veneno de cobras corais brasileiras e seu uso na avaliação do soro antielapídico
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-6108.2014.2.16119Palavras-chave:
BIODIVERSIDADE, ELAPIDAE, IMUNIZAÇÃO PASSIVAResumo
OBJETIVOS: Investigar a correlação entre quantidade de veneno produzido por uma cobra coral verdadeira e o tamanho da mesma, e avaliar a produção e o uso do soro antielapídico, levando em conta tamanho, capacidade inoculatória e variabilidade de espécies dessas cobras nas diversas regiões do Brasil. MÉTODOS: Para avaliação da diversidade e distribuição geográfica, foi realizada pesquisa bibliográfica e eletrônica no site oficial da Sociedade Brasileira de Herpetologia. Para obtenção de dados sobre epidemiologia dos acidentes elapídicos, foi pesquisado o Sistema de Informação de Agravos a Notificação do Ministério da Saúde. Dados de quantidade de veneno e tamanho das cobras das quais o mesmo foi extraído foram obtidos em trabalho de campo realizado entre os anos de 1986 e 2010, que estavam armazenadas no banco de venenos do Centro de Estudos e Pesquisas Biológicas da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. RESULTADOS: A maior diversidade de espécies de cobras corais verdadeiras está na região Norte e a maior casuística de acidentes elapídicos na região Nordeste. A análise de regressão linear mostrou forte correlação entre tamanho corporal e quantidade de veneno extraído. A maioria das espécies de cobras corais apresenta tamanho pequeno ou médio. Foi identificada uma diversidade de 35 táxons de cobras corais no Brasil, enquanto o soro antielapídico em uso no País é produzido a partir de três espécies. CONCLUSÕES: Devido ao porte reduzido, que resulta em baixa capacidade inoculatória, a recomendação de altas doses de soro antielapídico na ocorrência de acidentes com cobras corais deveria ser revista. Entretanto, a especificidade do veneno de cada espécie gera preocupação sobre a eficácia do soro antielapídico produzido a partir de um número reduzido de espécies de cobras corais.Downloads
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