As representações do preso em “Estação Carandiru”
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2010.1.6884Palavras-chave:
Representação, preso, ideologiaResumo
A Casa de Detenção de São Paulo, conhecida pelo nome do bairro onde se localizava, o Carandiru era o maior conjunto prisional da América Latina. Em 02 de outubro de 1992, a Casa de Detenção sofreu o trágico episódio que ficaria conhecido mundialmente como o “Massacre do Carandiru”. Diante da inegável exposição da miséria humana, no dia 08 de dezembro de 1992 parte do Complexo do Carandiru, após ter sido progressivamente desativado, foi implodido. Em 1999, o médico Drauzio Varella lançou o livro “Estação Carandiru”, contando sua experiência de 12 anos como médico na Casa de Detenção. A proposta do presente trabalho é tentar problematizar as ideias que integram a obra de Drauzio Varella como prováveis ratificadoras do massacre e naturalizadoras do sistema prisional. Há, neste trabalho, uma tentativa de incursão no conteúdo do livro “Estação Carandiru”, tomando-o como um dos elementos cruciais na história da Casa de Detenção de São Paulo, como propulsor de sua visibilidade e, ao mesmo tempo, difusor de ciladas ideológicas a respeito da prisão e de seus personagens.Downloads
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