Identificação de esquemas de mise en scène em A história da eternidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.2021.1.37079

Palavras-chave:

Encenação em profundidade, Mise en scène, Estilo

Resumo

Tendo o longa-metragem A história da eternidade (Camilo Cavalcante, 2014) como estudo de caso, buscamos identificar as estratégias formais adotadas pelo diretor na construção de sua narrativa. Essas escolhas constituem o que denominamos de mise en scène, procedimentos técnicos (e estéticos) que vão dar corpo à narrativa cinematográfica. Cineastas e estudiosos do cinema têm se dedicado à reflexão sobre a mise en scène desde as primeiras décadas da existência do cinema e, na contemporaneidade, esses estudos ainda despertam forte interesse entre teóricos como Bordwell (2013) e Aumont (2011), entre outros. Pretendemos demonstrar aqui, através de uma observação minuciosa de seus planos e cenas, que os esquemas de mise en scène empregados nesse filme, como longos planos fixos, poucos movimentos de câmera e a encenação em profundidade, por exemplo, distanciam dos procedimentos formais presentes nos filmes mainstream em diversas cinematografias mundiais.

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Biografia do Autor

Bertrand Lira, Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa, PB, Brasil.

Doutor em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal, RN, Brasil. Mestre em Sociologia e graduado em Comunicação Social pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa, PB, Brasil; professor do Programa de Pós- Graduação em Comunicação (PPGC) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa, PB, Brasil.

Referências

A HISTÓRIA da eternidade. Direção e Roteiro: Camilo Cavalcante. Produção: Aurora Cinema e República Pureza. Intérpretes: Irandhir Santos; Marcélia Cartaxo, Débora Ingrid; Zezita Matos; Leonardo França; Cláudio Jaborandy e outros. Música: Zbigniew Preisner. (120 min), son., color., DCP.

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Publicado

2021-07-08

Como Citar

Lira, B. (2021). Identificação de esquemas de mise en scène em A história da eternidade. Revista FAMECOS, 28(1), e37079. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2021.1.37079

Edição

Seção

Cinema