Inteligência Coletiva: comunicação, capitalismo cognitivo e micropolítica

Autores

  • Rogério da Costa Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.2008.37.4801

Palavras-chave:

Inteligência coletiva, capitalismo cognitivo, micropolítica

Resumo

Os processos de colaboração estão presentes por toda a parte em nossa sociedade. Na esfera da comunicação as redes digitais popularizaram as ações colaborativas, sendo o fenômeno das comunidades virtuais seu fato mais marcante. Já no âmbito do trabalho imaterial, vamos encontrar um forte apelo às redes de colaboração, que tornou-se um refrão ecoando por todo o mundo organizacional. Há mais de uma década o conceito de inteligência coletiva passou a ser sinônimo dessa noção de colaboração, tanto na comunicação quanto no campo do trabalho. Mas será que o conceito se esgota aí? O presente artigo resulta de uma reflexão sobre essas dimensões do conceito de inteligência coletiva e da abertura a uma nova dimensão, a micropolítica, onde ele passa a ser entendido como resistência aos processos de alienação do capitalismo cognitivo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rogério da Costa, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Referências

BECKER, G. Investiment in Human Capital: A theoretical and empirical analysis with special reference to education. Nova York: National Bureau of Economic Research, 1964.

BOURDIEU, P. Le capital social: notes provisoires. In: Actes de la Recherche en Sciences Sociales, v. 3, p. 2-3, 1980.

BOUTANG, Y. Le capitalisme Cognitif: la nouvelle Grande Transformation. Paris: Amsterdam, 2007a.

______. (org). Politiques des Multitudes. Democratie, Intelligence Collective e Puissance de la vie à l’heure du capitalisme cognitif. Paris: Amsterdam, 2007b.

BURT, R. The Network Structure of Social Capital. In: SUTTON, R.; STAWS, B. (eds.). Research in Organizational Behavior Greenwich, CT: JAI Press, 2000.

COLEMAN, J. Foundations of Social Theory. Cambridge, Mass: Harvard University Press, 1990.

COSTA, R. Por um Novo Conceito de Comunidade: redes sociais, comunidades pessoais, inteligência coletiva. In: Revista Interface – Comunicação, Saúde, Educação. São Paulo: Unesp, v. 9, n. 17, p. 235-248, mar./ago. 2005.

DELEUZE, G. Foucault. Paris: Les Editions de Minuit, 1986.

DRUCKER, P. The Post-Capitalist Society. New York: HarperBusiness, 1993.

FIGALLO, C. Hosting Web Communities: building relationships, increasing customer loyalty, and maintaining a competitive edge. Nova Iorque: Wiley Computer Publishing, 1998.

FORAY, D.; LUNDVALL, B. The knowledge-based economy. Paris: OCDE, 1996.

FOUCAULT, M. Naissance de la Biopolitique. Paris: Gallimard/ Seuil, 2004.

GRANOVETTER, M. Getting a Job: a study of contacts and careers. Chicago: University of Chicago Press, 1974.

______. Economic Action and Social Structure: The Problem of Embeddedness. In: American Journal of Sociology, v. 91, n. 3, p. 481-510, 1985.

HARDT, M. O trabalho afetivo. In: COSTA, R. & PÉLBART, P. (orgs.). O Reencantamento do Concreto. São Paulo: Hucitec, 2003.

KIM, A.J. Community Building on the Web. Berkeley: Peachpit Press, 2000.

LAZZARATO, M. Les revolutions du capitalisme. Paris: Les Empêcheurs de Penser en Rond, 2004.

______. Biopolitique/Bioéconomie. In: BOUTANG, Y. (org.). Politiques des Multitudes. Democratie, Intelligence Collective e Puissance de la vie à l’heure du capitalisme cognitif. Paris: Amsterdam, 2007.

LIN, N. Social Capital: A Theory of Social Structure and Action. New York: Cambridge University Press, 2001.

LIN, N.; COOK, K.; BURT, R. Social Capital: theory and research. Londres: Aldine Transaction, 2005.

MENDES, V. L. F. Uma Clínica no Coletivo: experimentações no Programa de Saúde da Família. São Paulo: Hucitec, 2007.

NEGRI, A.; HARDT, M. Multidão. São Paulo: Record, 2005.

NEGRI, A. Exílio. São Paulo: Iluminuras, 2001.

NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. The Knowledge-Creating Company. New York: Oxford University Press, 1995.

PÉLBART, P. P. Vida Capital: ensaios de biopolítica. São Paulo: Iluminuras, 2003.

PREECE, J. Online Communities. Chichester: John Wiley &Sons, 2000.

PUTNAM, R.; LEONARDI, R.; NANETTI, R. Making Democracy Work: Civic Traditions in Modern Italy. Princeton: Princeton University Press, 1993.

RHEINGOLD, H. A Comunidade Virtual. Lisboa: Gradiva, 1996.

SENGE, P. The Fifth Discipline: The art and practice of the learning organization. New York: Doubleday, 1990.

TEIXEIRA, Ricardo. O desempenho de um serviço de atenção primária à saúde na perspectiva da inteligência coletiva. In: Revista Interface. Comunicação, Saúde, Educação. São Paulo: Unesp, v. 9, n. 17, p. 219-234, mar./ago. 2005.

WELLMAN, B & BERKOWITZ, S. D. Social structures: a network approach. New York: Cambridge University Press, 1988.

WOOLCOCK, M.; NARAYAN, D. Social Capital: Implications for Development Theory, Research, and Policy. In: The World Bank Research Observer, v. 15, n. 2, p. 225-249, 2000.

ZOLA, E. O Germinal. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

Downloads

Publicado

2009-01-27

Como Citar

da Costa, R. (2009). Inteligência Coletiva: comunicação, capitalismo cognitivo e micropolítica. Revista FAMECOS, 15(37), 61–68. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2008.37.4801

Edição

Seção

Dossiê ABCiber