Gestos videográficos, gestos performáticos
pistas para compreender as negociações com a cultura de plataformas nas encenações audiovisuais de si
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2025.1.46714Palavras-chave:
cultura audiovisual, videografia, performance, plataformização.Resumo
Refletir sobre a cultura audiovisual no contexto de plataformização requer compreender as ambiências digitais enquanto espaços onde gostos, desejos e subjetividades são produzidos a partir da encenação do si mesmo e do investimento nas audiovisualidades. Com isto em mente, este artigo investiga as negociações dos produtores de conteúdo com as estéticas audiovisuais e governanças das plataformas digitais. Para tal, propõe-se um investimento teórico que é friccionado com um mapeamento das produções de vídeo-ensaístas no YouTube. Primeiro, articula-se frentes teóricas sobre a audiovisualidade em rede com debates sobre performance e produção do self, conectando gestos de interação nas plataformas, composição em vídeo e gestos corporais, compreendendo que essas imbricações entre gestos de diferentes ordens agenciam a videografia por um estatuto da performance. Indo adiante, considera-se a importância das narrativas sobre capitalização e monetização dos audiovisuais para as demandas por coerência que regulam performances em rede, destacando como as regulações constantes das plataformas influenciam os gestos videográficos e performáticos desempenhados pelos sujeitos. Por fim, sintetiza-se os cruzamentos teóricos desenvolvidos em formas de pistas conceituais, que, juntas, podem ser operacionalizadas para investigar os gestos videográfico-performáticos da cultura audiovisual no contexto das plataformas digitais.
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