A arqueologia das mídias e uma nova agenda para os estudos de cinema

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.2020.1.37720

Palavras-chave:

Arqueologia da mídia, História do cinema, Teoria cinematográfica, Thomas Elsaesser, Genealogia

Resumo

Resenha do livro Cinema como Arqueologia das Mídias, de Thomas Elsaesser, lançado em 2018. Trata-se de uma obra importante para a atual agenda dos estudos de cinema. Com um argumento consistente, Elsaesser sugere uma compreensão do impacto da tecnologia digital no cinema a partir de uma perspectiva arqueológica, a qual possui a descontinuidade histórica como um dos seus primados. Dessa forma, o autor revisita conceitos e metodologias essenciais dos estudos de cinema, tais como dispositivo, linguagem e narrativa, origem do cinema, pesquisas com espectadores e, até mesmo, o impacto do chamado “cinema de atrações”, no período do “primeiro cinema”. A cada revisão desses conceitos, Elsaesser aponta que o estudo de descontinuidades pode gerar um profundo impacto nos estudos de cinema contemporâneos. O autor alemão também apresenta o conceito de poética da obsolescência, ressaltando cineastas e artistas visuais com projetos estéticos afins à arqueologia da mídia.

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Biografia do Autor

Pablo Gonçalo, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil.

Doutor em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Pós-doutorado EM Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP), em São Paulo, SP, Brasil. Professor da Universidade de Brasília (UnB), em Brasília, DF, Brasil.

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Publicado

2020-12-17

Como Citar

Gonçalo, P. (2020). A arqueologia das mídias e uma nova agenda para os estudos de cinema. Revista FAMECOS, 27(1), e37720. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2020.1.37720

Edição

Seção

Resenha