Impactos do mercado jornalístico na vida de seus trabalhadores: um estudo sobre indicadores de saúde dos jornalistas brasileiros
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2019.2.31729Palavras-chave:
Perfil profissional. Saúde dos jornalistas. Trajetórias profissionais.Resumo
O artigo apresenta resultados sobre indicadores de saúde de 1.233 jornalistas que responderam a um online survey, realizado entre novembro e dezembro de 2017, que avaliou as suas trajetórias profissionais. Os respondentes são os mesmos que participaram, no final de 2012, da pesquisa Perfil do Jornalista Brasileiro (MICK; LIMA, 2013). A pesquisa de Trajetórias Profissionais dos Jornalistas Brasileiros atesta que houve manutenção da alta sobrecarga de trabalho, da desigualdade de gênero e do aumento dos profissionais que estão fora do mercado de trabalho jornalístico (PONTES; MICK, 2018). Dentre os resultados alcançados, está que 57% dos respondentes declaram se sentir estressados, 37% receberam diagnóstico de estresse, 16% receberam diagnóstico de transtorno mental, 24% estão diagnosticados com LER/ Dort e 26% fazem uso regular de antidepressivos.
Downloads
Referências
ANTUNES, R. O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviços na era digital. São Paulo: Boitempo, 2018.
BABBIE, E. Métodos de Pesquisa Survey. Belo Horizonte: UFMG, 2001.
BRAGA, R. A política do precariado: do populismo à hegemonia lulista. S. Paulo: Boitempo, 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Dor relacionada ao trabalho: Lesões por esforços repetitivos (LER) e Distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (Dort). Brasília, 2006. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/dor_relacionada_trabalho_ler_dort.pdf. Acesso em: 20 mar. 2019.
BULHÕES, J; RENAULT, D. A precarização da prática jornalística: uma revisão bibliográfica sobre o impacto das condições de trabalho na saúde e qualidade de vida do jornalista. Parágrafo, São Paulo, v. 4, n. 2, p. 164-175, 2016. Disponível em: https://revistaseletronicas.fiamfaam.br/index.php/recicofi/article/view/414/424. Acesso em: 24 jul. 2018.
CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas e o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
DARDOT, P; LAVAL, C. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo, 2016.
EVANS, J.; MATHU R, A. The value of online surveys. Internet Research, [S. l.], v. 15, n. 2, p. 195-219, 2005. Disponível em: http://wwwemeraldinsight-com.ez82.periodicos.capes.gov.br/doi/ pdfplus/10.1108/10662240510590360. Acesso em: 01 maio 2016. https://doi.org/10.1108/10662240510590360
FIGARO, R (org.). As mudanças no mundo do trabalho do jornalista. São Paulo: Atlas, 2013.
HELOANI, J. R. M. Mudanças no mundo do trabalho e impactos na qualidade de vida do jornalista. In: SIMPÓSIO DE ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO, LOGÍSTICA E OPERAÇÕES INTERNACIONAIS, 7., 2002, São Paulo. Anais [...]. São Paulo, FGV, 2004.
LIMA, S. A precarização do trabalho e a saúde dos jornalistas brasileiros. In: COLÓQUIO INTERNACIONAL MUDANÇAS ESTRUTURAIS NO JORNALISMO (MEJOR), 3., 2015, Florianópolis. Anais [...]. Florianópolis, 2015. Disponível em: https://bit.ly/2uZikQd. Acesso em: 26 jul. 2018.
MICK, J; LIMA, S. Perfil do jornalista brasileiro: características demográficas, políticas e do trabalho jornalístico em 2012. Florianópolis: Insular, 2013.
MICK, J. A precarização do trabalho dos jornalistas no Brasil. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES EM JORNALISMO, 11, Brasília, DF. Anais [...]. Brasília, 2013.
MICK, J. Detalhamento metodológico da pesquisa “Perfil profissional do jornalismo brasileiro”. Florianópolis, 2013b. Disponível em: http://perfildojornalista.ufsc.br/files/2012/04/ PerfilJornal_Metodologia.pdf. Acesso em: 11 jul. 2018.
NONATO, C. O perfil diferenciado dos jornalistas associados ao Sindicato de São Paulo. In: FIGARO, R (org.). As mudanças no mundo do trabalho do jornalista. São Paulo: Atlas, p. 143-202, 2013.
PONTES, Felipe S. Desigualdades estruturais de gênero no trabalho jornalístico: o perfil das jornalistas brasileiras. E-Compós, Brasília, DF, v. 20, n. 1, p. 1-15, jan./jul. 2017. Disponível em: http://www.e-compos.org.br/e-compos/article/view/1310. Acesso em: 17 jul. 2018. https://doi.org/10.30962/ec.1310
PONTES, F. S.; MICK, J. Crise e mercado de trabalho: trajetórias profissionais de jornalistas no Brasil (2012-2017). In: ENCONTRO NACIONAL DA COMPÓS, 16., 2018, Belo Horizonte. Anais […]. Belo Horizonte, 2018. Disponível em: http://www.compos.org.br/data/arquivos_2018/trabalhos_arquivo_ 72JHNDAEFV9AD5MYXI08_27_6951_26_02_2018_14_58_21.pdf. Acesso em: 08 jul. 2018.
ROXO DE OLIVEIRA, M. O projeto de reestruturação do trabalho jornalístico na Folha de S. Paulo: racionalidade e gerenciamento. Cadernos Ceru, São Paulo, v. 24, n. 2, jul.-dez. 2013. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/ceru/article/view/87212. Acesso em: 14 jul. 2018.
STANDING, G. O precariado: a nova classe perigosa. Belo Horizonte: Autêntica, 2017.
STRAUSS, A. Espelhos e Máscaras. São Paulo: Edusp, 2009.
WRIGHT, K. B. Researching internet-based populations: advantages and disadvantages of online survey research, online questionnaire authoring software packages, and web survey services. Journal of Computer-Mediated Communication, [S. l.], v. 10, n. 3, p. 1-22, Apr. 2005. Disponível em: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1083-6101.2005.tb00259.x/full. Acesso em: 2 jan. 2018. https://doi.org/10.1111/j.1083-6101.2005.tb00259.x
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Revista FAMECOS
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Direitos Autorais
A submissão de originais para a Revista Famecos implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Revista Famecos como o meio da publicação original.
Licença Creative Commons
Exceto onde especificado diferentemente, aplicam-se à matéria publicada neste periódico os termos de uma licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional, que permite o uso irrestrito, a distribuição e a reprodução em qualquer meio desde que a publicação original seja corretamente citada.