Recepção de TV: ativa e personalizada, um campo minado

Autores

  • Neura Cézar Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.2017.2.24804

Palavras-chave:

Estudo de recepção, comunicação, televisão

Resumo

Este artigo propõe uma reflexão sobre o papel da recepção ao entrar em contato com a televisão, reconhecendo-a como um espaço de interação ou, ainda, como a representação de um campo móvel, fluido, movediço, marcado por contradições, que interage a partir de referências culturais e emocionais e promove a construção de sentido. Para tanto, este estudo está organizado da seguinte forma: Primeiro aborda-se a definição de recepção e na seqüência, discute-se os processos de implicação emotiva, priorizando as implicações do mesmo, dado que estes mecanismos são com muita frequência utilizados pela televisão e demais meios de comunicação. Interessa-nos também a apresentação de uma reflexão sobre o fenômeno zapping como técnica modificadora de condutas e acerca das respostas emotivas, como característica inerente à natureza humana.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Neura Cézar, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Doutora em Psicologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Integra os Grupos de Pesquisas “Ideologia, Comunicação e Representações Sociais” e “Estudos em Psicanálise” da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Referências

BACCEGA, M. A. Da comunicação à comunicação/educação. Comunicação & Educação, São Paulo: CCA-ECA-USP, Segmento, ano VII, n. 21, p. 7-16, ago. 2001.

BERNE, E. Os Jogos da Vida. Rio de Janeiro: Artenova, 1995.

BOURDIEU, P. Sobre a televisão. Rio de Janeiro: Zahar, 1997.

BUCCI, E.; KEHL, M. R. Introdução: O mito não para. In: BUCCI, E.; KEHL, M. R. Videologias: ensaios sobre televisão. São Paulo: Boitempo, 2004.

COSTA, F. S.; RODRIGUES, J. P. Desafios na construção de um eixo teórico-metodológico nos estudos de recepção. Revista Temática, Piauí, v. 10, n. 2, p. 1-17, fev. 2014. Disponível em: http://periodicos.ufpb.br/index.php/tematica/article/view/20523/11351 Acesso em: 05 mai. 2016.

ECO, U. Apocalípticos e integrados. 6. ed., São Paulo: Perspectiva, 2001.

EMERIM, C. A essência da televisão aberta contemporânea. Sessões do Imaginário: Porto Alegre, v. 19, n. 31, p. 12-19, 2014. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/fzva/ojs/index.php/famecos/article/view/19212/12234 Acesso em: 22 nov. 2014.

ESCOSTEGUY, A. C.; JACKS, N. Recepção: uma discussão conceitual. In: XIII Compós, 2004, Porto Alegre. A comunicação revisitada. Porto Alegre: Sulina, p. 67-84, 2005.

FERRÉS, J. Televisão subliminar: socializando através de comunicações despercebidas. Porto Alegre: Artmed, 1998.

______. Educar en una cultura del espectáculo. Barcelona: Paidós Ibérica, 2000.

FISCHER, R. O mito na sala de jantar. 2. ed., Porto Alegre: Movimento, 1993.

FREUD, S. A interpretação dos sonhos. Obras Standard brasileiras. Rio de Janeiro: Imago, 1987.

GOMES, I. M. M. A atividade do receptor, um modo de se conceber as relações entre Comunicação e Poder. 2014. Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/viii-sipec/gt03/37 Itania%20Gomes%20-%20trabalho%20completo.htm Acesso em: 20 jul. 2016.

GUARESCHI, P. Psicologia Social Crítica: como prática de libertação. 5. ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012.

GUBERN, R. Del bisonte a la realidad virtual. La escena y el laberinto. Barcelona: Anagrama, 1996.

HAGEN, S. A emoção como estratégia de fidelização ao Telejornal: um estudo de recepção sobre os laços entre apresentadores e telespectadores do Jornal Nacional. 2009. 190 f. Tese (Doutorado em Comunicação e Informação) – Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação, UFRGS, Porto Alegre, 2009.

HUERTAS, A. La audiencia investigada. Gedisa: Barcelona, 2002.

KLEIN, M. Temas de psicanálise aplicada. Rio de Janeiro: Zahar, 1969.

LIPOVETSKY, G. O império do efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

MARINA, J. A. El misterio da voluntad perdida. Barcelona: Anagrama, 1997.

MARTÍN-BARBERO, J. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Janeiro: UFRJ, 2009.

______. América Latina e os anos recentes: o estudo da recepção em comunicação social. In: SOUZA, M. W. (org.). O lado oculto do receptor. São Paulo: Brasiliense, p. 39-68, 1995.

MATURANA, H. Emoções e linguagem na Educação e na Política. Belo Horizonte: UFMG, 2005.

MORIN, E. El cine o el hombre imaginario. Barcelona: Paidós, 2001.

OROZCO GÓMEZ, G. Recepción televisiva: tres aproximaciones y una razón para su estudio. México: Universidad Iberoamericana, 1991.

PERNIOLA, M. Do sentir. São Paulo: Presença, 1993.

POSTMAN, N. La desaparición de la infantesa. Barcelona: Círculo de Lectores, 1990.

SARLO, B. Cenas da vida pós-moderna. Rio de Janeiro: UFRJ, 2013.

TAPSCOTT, D. A hora da geração digital: como os jovens que cresceram usando a internet estão mudando tudo, das empresas aos governos. Rio de Janeiro: Agir Negócios, 2010.

THOMPSON, J. P. A Mídia e a Modernidade: uma teoria social da mídia. 13. ed., Petrópolis: Vozes, 2012.

TURKLE, S. A vida no ecrã: a identidade na era da internet. Lisboa: Relógio D’Água, 1997.

VANDER ZANDEN, J. W. Manual de Psicologia Social. 3. ed., Barcelona: Paidós, 1990.

ZANELLA, A. V. Sujeito e Alteridade: reflexões a partir da psicologia histórico-cultural. Psicologia & Sociedade, v. 17, n. 2, p. 99-104, ago. 2005.

ZIMERMAN, D. Vocabulário contemporâneo da psicanálise. Porto Alegre: Artmed, 2001.

Downloads

Publicado

2017-03-24

Como Citar

Cézar, N. (2017). Recepção de TV: ativa e personalizada, um campo minado. Revista FAMECOS, 24(2), ID24804. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2017.2.24804

Edição

Seção

Televisão