O QUEEN, A QUEEN: Controvérsias sobre gêneros e performances
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3729.2017.1.23912Palavras-chave:
Comunicação, Performance, GênerosResumo
A partir da apresentação ao vivo do grupo Queen, na edição 2015 do Rock in Rio, quando a banda inglesa de rock contou com um ex-integrante de reality show musical como vocalista, traça-se uma observação de controvérsias para pensar de que maneira as questões de gênero, com foco nas masculinidades, podem ser importantes ferramentas para pensar a construção do valor na música pop. A problemática trata das diferentes performances do masculino dos dois vocalistas (Freddie Mercury, o cantor original da banda, e Adam Lambert, no Rock in Rio 2015), evidenciando lugares distintos nas corporalidades da música pop, bem como a noção de trajetória como um aparato capaz de evocar princípios de autenticidade para os artistas. O procedimento metodológico foi a observação da performance a partir de três categorias de controvérsias: origens, gêneros musicais e corpos. A coleta de dados foi feita a partir da observação do YouTube, Twitter e de blogs LGBT. Como resultado inicial, indicamos que a governabilidade dos corpos numa performance, necessariamente, precisa reencenar outras performances; passando pela dicotomia em torno da presença numa atualização do ritual performático no qual noções como arquivo e repertório – propostas por Diana Taylor (2013) – são importantes para discutir as inúmeras possibilidades de tensões e controvérsias nesses espetáculos.
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