Que Themis puede realizarse: para una teoría expansiva del “humano” en el derecho
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-6746.2019.2.32766Palabras clave:
Pueblo. Dignidad de la persona humana. Raza. Género.Resumen
Guiados por las teorías de la decolonialidade y de la performatividad, este artículo discutirá las posibilidades de una teoría del humano en el Derecho que sea ser expansiva, rompiendo con lecturas cis-heteronormativas y blancas de las teorías dominantes sobre el Derecho y Justicia. Para ello, realiza dos tareas: primero, tomar las teorías sobre sexo, género y raza como lenguajes asignadas a cuerpos para utilizar el cuerpo como categoría jurídica y de análisis y, con ese cuerpo, aprendiendo con las travestilidades, comprendiendo al ser humano como siempre siendo en el proceso de, que nos requiere el compromiso con las dignidades producidas a partir de la multiplicidad de la persona. Luego, utiliza dos categorías jurídico-constitucionales para revisar la entrada del “humano” en el Derecho en el marco del género y de la raza- y de las múltiples corporalidades: dignidad de la persona humana y del pueblo. Sin pretender
resolver la oposición universalismo/individualismo contenida en estas categorías, la investigación sostiene la frontera como lugar de expansión: un pueblo que realiza pluriversalidades y la persona humana en sus multiplicidades. Esta teoría expansiva requiere reconocer que el ser humano es humano en proceso de y establece el límite de los sentidos producidos por la tensión entre las dos categorías jurídicas en el cuerpo, sob una perspectiva de lectura acerca de las lenguajes, de sexo, de género y de raza. Esto requerirá el compromiso y responsabilidad por reducción de la distribución diferencial de la humanidad producida en la matriz blanca y cis-heterconforme y el reconocimiento que el sujeto que se da la “ley” debe ser capaz de se hacer mutuamente pueblo y persona humana.
Descargas
Citas
ANDRADE, Luma Nogueira de. Travestis na escola: assujeitamento e resistência à ordem normativa / Luma Nogueira de Andrade. Rio de Janeiro: Metanoia, 2015.
AUSTIN, John L. How to do things with words. 2ª Ed. Harvard: Harvard University Press, 1975. https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780198245537.001.0001 DOI: https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780198245537.001.0001
BHABHA, Homi. O local da cultura. Trad. Myriam Ávila, Eliana Lourenço de Lima Reis, Gláucia Renata Gonçalves. 2ª ed. Belo Horizonte: UFMG, 2013.
BRASIL, Supremo Tribunal Federal. Ação Direta de Inconstitucionalidade. ADI 4275. Tribunal Pleno. Rel. Min. Marco Aurélio. 2018b. Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/geral/verPdfPaginado.asp?id=400211&tipo=TP&descricao=ADI%2F4275. Acesso em: 10 de out. 2018.
BUTLER, Judith. Bodies That Matter: On the Discursive Limits of “Sex”. New York: Routledge, 1993.
BUTLER, Judith. Excitable Speech: a politics of the performative. New York: Routledge, 1997a.
BUTLER, Judith. Relatar a si mesmo: crítica da violência ética. Trad. Rogerio Bettoni. 1ª ed. Belo Horizonte: Autentica, 2015b.
BUTLER, Judith. The Psychic Life of Power: Theories in Subjection. Stanford: Stanford University Press, 1997b. DOI: https://doi.org/10.1515/9781503616295
CASTILHO, Natalia Martinuzzi. Pensamento descolonial e teoria crítica dos
direitos humanos na América Latina: um diálogo a partir da obra de Joaquín Herrera Flores. 2013. 197 f. Dissertação (Mestrado em Direito). Programa de Pós-Graduação em Direito, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo, 2013.
CASTRO, Eduardo Viveiros de. Metafísicas canibais: elementos para uma
antropologia pós-estrutural. São Paulo: Cosac Naify, 2015.
CHUEIRI, Vera Karam de. Constituição radical: uma ideia e uma prática.
Revista da Faculdade de Direito UFPR, Curitiba, n. 58, p. 25-36, 2013. https://doi.org/10.5380/rfdufpr.v58i0.34863 DOI: https://doi.org/10.5380/rfdufpr.v58i0.34863
COACCI, T. “Eu tenho um amo implacável: a natureza das coisas”: discursos jurídicos acerca das transexualidades no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (1989-2010). Revista Diálogo, Canoas, n. 24, p. 45-62, dez. 2013. Disponível em: http://www.revistas.unilasalle.edu.br/ index.php/Dialogo/article/view/1304/993. Acesso em: 30 mar. 2017.
DERRIDA, Jacques. Assinatura Acontecimento Contexto. In: Margens da
Filosofia. Trad. Joaquim Torres Costa e António M. Magalhães. Campinas:
Papirus, 1991. p. 349-373. Comunicação original no Colóquio “A Comunicação” no “Congrès International des Societés de Philosophie de Langue Française”, Montreal, agosto, 1971.
DERRIDA, Jacques. Declarations of Independence. In: DERRIDA, Jacques.
Negotiations. Trad. Elizabeth G. Rottenberg. Stanford: Stanford University
Press, 2002, p. 46-54. DOI: https://doi.org/10.1007/BF02772038
DOUZINAS, Costas. O fim dos direitos humanos. São Leopoldo: Unisinos, 2009.
FELMAN, Shoshana. The scandal of the speaking body: Don Juan with J. L. Austin, or seduction in two Languages. Translated by Catherine Porter. Stanford: Stanford University Press, 2003. DOI: https://doi.org/10.1515/9780804766890
FONSECA, Livia Gimenes Dias da. Despatriarcalizar e decolonizar o estado
brasileiro: um olhar pelas políticas públicas para mulheres indígenas. 2016. 206 f. Tese (Doutorado em Direito). Programa de Pós-Graduação em Direito, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2016.
GILROY, Paul. O Atlantico Negro. Trad. Cid Knipel Moreira. São Paulo: Editora 34, 2002.
MAGALHÃES GOMES, Camilla de. Corpos falantes: a teoria do gênero como performatividade na perspectiva decolonial. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL FAZENDO GÊNERO, 11; WOMEN’S WORLDS CONGRESS, 13., Florianópolis. Anais eletrônicos [...]. [S. l: s. n.], 2017a. p. 1-13. Disponível em: http://www.en.wwc2017.eventos.dype.com.br/resources/anais/1518796654_ARQUIVO_ST009-CorposFalantes-CamillaMagalhaesGomes.pdf. Acesso em: 28 ago. 2019.
MAGALHÃES GOMES, Camilla de. “O juiz diante da desconstrução”. Revista de Estudos Constitucionais, Hermenêutica e Teoria do Direito, (RECHTD), São Leopoldo, v. 9, n. 2, p. 125-135, maio/ago. 2017b. https://doi.org/10.4013/rechtd.2017.92.04 DOI: https://doi.org/10.4013/rechtd.2017.92.04
MAGALHÃES GOMES, Camilla de. “Os sujeitos do performativo jurídico: relendo a dignidade da pessoa humana nos marcos de gênero e raça”. Revista Direito e Práxis, Rio de Janeiro, v. 10, n 2, p. 871-905, 2019. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/ revistaceaju/article/view/30194. Acesso em: 28 ago. 2019. https://doi.org/10.1590/2179-8966/2018/30194 DOI: https://doi.org/10.1590/2179-8966/2018/30194
MAGALHÃES GOMES, Camilla de. Sujeitos do performativo jurídico II: uma releitura do “povo” nos marcos de gênero e raça. Teoria Jurídica Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 3, p. 64-97, 2018. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/rjur/article/view/16534/12539. Acesso em: 28 ago. 2019. https://doi.org/10.21875/tjc.v3i1.16534 DOI: https://doi.org/10.21875/tjc.v3i1.16534
MAGALHÃES GOMES, Camilla de. Têmis Travesti: as relações entre gênero, raça e direito na busca de uma hermenêutica expansiva do “humano” no Direito. 2017. 234 f. Tese de doutorado, Programa de Pós-graduação em Direito, Estado e Constituição, Universidade de Brasília, 2017c. Disponível em: http://repositorio.unb.br/bitstream/10482/23975/1/2017_CamilladeMagalh%C3%A3esGomes.pdf. Acesso em: 28 ago. 2019.
GOULD, Timothy. The Unhappy Performative. In: PARKER, Andrew; SEDGWICK, Eve Kosovsky. (ed.). Performativity and Performance. New York: Routledge, 1995. p. 19-44. https://doi.org/10.4324/9780203699928-1 DOI: https://doi.org/10.4324/9780203699928-1
GRUPO TRANSCRITAS COLETIVAS. Nós, Trans: Escrevivências de Resistência. [S. l.]: Editora LiteraTRANS, 2017.
HOLANDA, Marianna. Por uma ética da (In)Dignação: repensando o Humano, a Dignidade e o pluralismo nos movimentos de lutas por direitos. 2015. 205. f. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Bioética, Universidade de Brasília, Brasília, DF, 2015.
KOZICKI, Katya. O problema da interpretação do direito e a justiça na perspectiva da desconstrução, O que nos faz pensar, Rio de Janeiro, n. 18, p. 145-164, set. 2004. Disponível em: http://oquenosfazpensar.fil.puc-rio.br/import/pdf_articles/OQNFP_18_08_katya_kozicki.pdf . Acesso em: 20 jul 2015.
LARKIN, Elisa do Nascimento. O sortilégio da cor: identidade, raça e gênero no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2003.
LUGONES. Maria. Rumo a um feminismo decolonial. Estudos Feministas,
Coimbra,v. 22, n. 3, p. 935-952, set./dez. 2014. https://doi.org/10.1590/ DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2014000300013
S0104-026X2014000300013
MACIEL, Anna Maria Becker. Para o reconhecimento da especificidade do
termo jurídico. 2001. 258 f. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2001.
MALDONADO-TORRES, Nelson. A topologia do Ser e a geopolítica do
conhecimento. Modernidade, império e colonialidade. Trad. Inês Martins
Ferreira. Revista Crítica de Ciências Sociais, Coimbra, v. 80, mar. 2008. pp. 71-114. https://doi.org/10.4000/rccs.695 DOI: https://doi.org/10.4000/rccs.695
MALDONADO-TORRES, Nelson. Sobre la colonialidad del ser: contribuciones al desarrollo de un concepto”. In: CASTRO-GOMEZ, Santiago. GROSFOGUEL, Ramón (eds.). El giro decolonial: Reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Bogotá: Iesco-Pensar-Siglo del Hombre Editores, 2007. p.127-167.
MCCLINTOCK, Anne. Couro imperial: raça, gênero e sexualidade no embate colonial. Trad. Plinio Dentzien. Campinas: Unicamp, 2010.
MIGNOLO, W. Local Histories/Global Designs: Coloniality, Subaltern Knowledges, and Border Thinking. Princeton, NJ: Princeton University Press, 2000.
PELÚCIO. Larissa. “Toda Quebrada na Plástica”: Corporalidade e construçaõ de gênero entre travestis paulistas. 2005. https://doi.org/10.5380/cam.v6i0.4509 DOI: https://doi.org/10.5380/cam.v6i0.4509
PELÚCIO. Larissa. Abjeção e desejo: uma etnografia travesti sobre o modelo preventivo de aids. São Paulo: Annablume; Fapesp, 2009.
QUIJANO, A. La modernidad, el capital y América Latina nacen el mismo
día, entrevista dada a Nora Velarde. ILLA - Revista del Centro de Educación y Cultura, [S. l.], n. 10, pp. 42- 57, enero. 1991. DOI: https://doi.org/10.1016/S0214-4603(90)75479-4
RESADORI, Alice Hertzog. Antidiscriminação e travestilidade no Brasil: critérios proibidos de discriminação e autodeclaração. 2016. 158 f. Dissertação (mestrado) – Centro Universitário Ritter dos Reis, Faculdade de Direito, Porto Alegre, 2016.
SEGATO, Rita Laura. Antropologia e direitos humanos: alteridade e ética no movimento de expansão dos direitos universais. Mana [online], [S. l.], v.12, n.1, p. 207-236, 2006. https://doi.org/10.1590/S0104-93132006000100008 DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-93132006000100008
SEGATO, Rita Laura. Gênero e colonialidade: em busca de chaves de leitura e de um vocabulário estratégico descolonial. E-cadernos CES (Online), [S. l.], v. 18, p. 1-5, 2012. https://doi.org/10.4000/eces.1533 DOI: https://doi.org/10.4000/eces.1533
SEGATO, Rita Laura. Santos e Daimones: O Politeísmo Afro-Brasileiro e a
Tradição Arquetipal. 2. ed. Brasília, DF: EDUnB, 2005.
STRATHERN, Marilyn. O gênero da dádiva: problemas com as mulheres e
problemas com a sociedade na Melanésia. Trad. André Villalobos. Campinas: Unicamp, 2006.
SOUZA, Ricardo Timm de. A dignidade humana desde uma antropologia dos intervalos: uma síntese. Veritas, Porto Alegre, v. 53 n. 2 abr./jun. 2008. pp. 120-149. https://doi.org/10.15448/1984-6746.2008.2.4464 DOI: https://doi.org/10.15448/1984-6746.2008.2.4464
VERGUEIRO, Viviane. Por inflexões decoloniais de corpos e identidades de
gênero inconformes: uma análise autoetnográfica da cisgeneridade como
normatividade. 2015. 244 f. Dissertação (Mestrado). Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2016. Disponível em: https://www.academia.edu/25145724/Por_inflex%C3%B5es_decoloniais_de_corpos_e_identidades_de_g%C3%AAnero_inconformes_uma_an%C3%A1lise_autoetnogr%C3%A1fica_da_cisgeneridade_como_normatividade. Acesso em: 14 out 2015.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de Autor
La sumisión de originales para la Revista Veritas implica la transferencia, por los autores, de los derechos de publicación. El copyright de los artículos de esta revista es el autor, junto con los derechos de la revista a la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente a Revista Veritas como el medio de la publicación original.
Creative Commons License
Excepto donde especificado de modo diferente, se aplican a la materia publicada en este periódico los términos de una licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional, que permite el uso irrestricto, la distribución y la reproducción en cualquier medio siempre y cuando la publicación original sea correctamente citada. Copyright: © 2006-2020 EDIPUCRS