Eu sou a universal! Anotações introdutórias acerca de um mote midiático
DOI:
https://doi.org/10.15448/0103-314X.2017.2.26998Palabras clave:
Pentecostalismo. Igreja Universal. Mote midiático.Resumen
A Rede Record de Televisão – mídia televisiva da Igreja Universal do Reino de Deus – vem propagando amplamente um mote midiático de cunho religioso, qual seja, Eu sou a Universal. A veiculação desta mensagem parece ser, a um tempo, proselitista e apologética. No entanto, pensamos haver algo mais que se pode depreender acerca deste mote. Nesse fito, o presente ensaio se ocupa de problematizar questões de fundo que subjazem este mote midiático. A partir de três questionamentos, intentamos contribuir para uma reflexão acerca desse fenômeno, cuja chave hermenêutica situa-se no âmbito do paradigma compreensivo, através das lentes da Ciência da Religião. Nesse sentido, não esposamos um único referencial teórico, mas trabalharemos com autores que já lidaram com essa temática, tais como: Paul Freston, Leonildo Silveira Campos, Ricardo Mariano, Magali do Nascimento Cunha, por exemplo. Ademais, além do mote midiático Eu sou a Universal, trabalharemos na análise de representações imagéticas já propagadas que visaram corroborar esse mote.Descargas
Citas
ALVES, Ruben. O que é religião? São Paulo: Loyola, 2002.
BOBSIN, Oneide. Teologia da Prosperidade ou estratégia de sobrevivência: estudo exploratório. Estudos Teológicos, São Leopoldo, v. 35, n. 1, p. 21-38, 1995. Disponível em: <http://periodicos.est.edu.br/index.php/estudos_teologicos/article/view/839/768>. Acesso em: 15 jan. 2015.
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2007.
CAMPOS, Leonildo Silveira. Teatro, templo e mercado: organização e marketing de um empreendimento neopentecostal. Petrópolis: Vozes; São Paulo: Simpósio; São Bernardo do Campo: UMESP, 1997.
CUNHA, Magali do Nascimento. “Casos de família”: um olhar sobre o contexto da disputa “Igreja Universal do Reino de Deus X Igreja Mundial do Poder de Deus” nas mídias. REVER, São Paulo, ano 12, n. 02, jul./dez. 2012, p. 101-110. Disponível em: <http://revistas.pucsp.br/index.php/rever/article/view/14567>. Acesso em: 15 ago. 2015.
DELAGE, Paulo Audebert. O Cristão e os desafios da pós-modernidade. São Paulo: Longarina, 2014.
DIAS, Zwínglio Mota. Um século de religiosidade Pentecostal: algumas notas sobre a irrupção, problemas e desafios do fenômeno pentecostal. Horizonte, Belo Horizonte, v. 9, n. 22, p. 377-382, jul./set. 2011. Disponível em: <http://periodicos.pucminas.br/index.php/horizonte/article/view/
P.2175-5841.2011v9n22p377>. Acesso em: 18 jul. 2015.
FRESTON, Paul. Breve história do pentecostalismo brasileiro, In: Alberto ANTONIAZZI, et al. Nem anjos nem demônios: interpretações sociológicas do Pentecostalismo. Petrópolis: Vozes, 1994. p. 72-159.
______. Protestantes e política no Brasil: da constituinte ao impeachment. 1993. 304 p. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – IFCH, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1993.
GROSS, Eduardo. O conceito de Fé em Paul Tillich. Correlatio, São Bernardo do Campo, v. 12, n. 23, p. 7-26, jun. 2013. Disponível em: <https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/
COR/article/view/4196/3672>. Acesso em: 10 jul. 2015.
LOPES, Marcelo. Bem aventurados os “pobres”; porque eles reinam (ao menos) no pentecostalismo: um ensaio de sua retroalimentação socioeconômica. Revista Acta Scientiarum, Maringá, v. 34, n. 2, p. 141-145, jul.-dez. 2012. Disponível em: . Acesso em: 16 jul. 2015.
MARIANO, Ricardo. Neopentecostais: sociologia do novo pentecostalismo no Brasil. São Paulo: Loyola, 1999.
______. O reino de prosperidade da Igreja Universal. In: ORO, Ari Pedro; CORTEN, André; Dozon, Jean-Pierre (Org.). Igreja Universal do Reino de Deus: Os novos conquistadores da fé. São Paulo: Paulinas, 2003, p. 237-258.
MENDONÇA, Antonio Gouvêa VELASQUES FILHO, Prócoro. Introdução ao Protestantismo no Brasil. São Paulo: Loyola. 1990.
______. Protestantes, pentecostais & ecumênicos: o campo religioso e seus personagens. São Bernardo do Campo: UMESP, 2008.
MORAES, Gerson Leite de. Neopentecostalismo – um conceito obstáculo na compreensão do subcampo religioso pentecostal brasileiro. REVER – Revista de Estudos de Religião, São Paulo, ano
, n. 2, p. 1-19, jun. 2010. Disponível em: . Acesso em: 15 jun. 2015.
NEGRÃO, Lísias Nogueira. A religiosidade do povo – visão complexiva do problema. In: QUEIROZ, José J. (Org.). A religiosidade do povo. São Paulo: Edições Paulinas, 1984. p. 7-41.
RODRIGUES, Elisa. A dimensão comunicativa e a performatividade nos cultos da Igreja Mundial do Poder de Deus. Estudos Sociológicos, Araraquara, v. 18, n. 34, jan.-jun. 2013. p. 209-226. Disponível em: <http://seer.fclar.unesp.br/estudos/article/view/5190>. Acesso em: 07 ago. 2015.
SANCHIS, Pierre. Pentecostalismo e cultura brasileira. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, n. 18, v. 2, 1997, p. 123-126.
SIEPIERSKI, Paulo Donizéti. Pós-pentecostalismo e política no Brasil. Estudos Teológicos, São Leopoldo, v. 37, n. 1, p. 47-61, 1997. Disponível em:
teologicos/article/view/776//711>. Acesso em: 15 jun. 2015.
TERRIN, Aldo Natale. O Sagrado Off Limits: a experiência religiosa e suas expressões. São Paulo: Loyola, 1998.
TILLICH, Paul. Dinâmica da fé. São Leopoldo: Editora Sinodal, 1996.
WOLFART, Graziela. Entrevista com Gedeon Freire de Alencar. “A teologia da prosperidade e o neoliberalismo são irmãos siameses”. IHU On line, Revista do Instituto Humanitas Unisinos, São Leopoldo, ano X, n. 329, p. 15-17, maio 2010. Disponível em: <http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/32457-a-teologia-da-prosperidade-e-o-neoliberalismo-sao-irmaos-siameses-entrevistaespecial-com-gedeon-freire-de-alencar>. Acesso em: 21 jan. 2015.
______. Entrevista com Ricardo Mariano. O pentecostalismo no Brasil, cem anos depois. Uma religião dos pobres. IHU On line, Revista do Instituto Humanitas Unisinos, São Leopoldo, ano X, n. 329, p. 5-7, maio 2010. Disponível em: <http://www.ihuonline.unisinos.br/index.php?option=com_
content&view+article&id+3206&secao=329>. Acesso em: 30 jun. 2015.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor
El envío de originales a Teocomunicação implica la transferencia, por parte de los autores, de los derechos de publicación. Los derechos de autor de los artículos publicados en esta revista pertenecen al autor, siendo los derechos de la revista sobre la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones, indicando claramente la Teocomunicación como medio de la publicación original.
Licencia Creative Commons
Salvo que se especifique lo contrario, los términos de una licencia Creative Commons Attribution 4.0 International se aplican al material publicado en esta revista, lo que permite el uso, distribución y reproducción sin restricciones en cualquier medio siempre que se cite correctamente la publicación original.