Estimativa da distribuição regional da toxoplasmose congênita no Brasil a partir dos resultados de triagem neonatal
Palavras-chave:
TOXOPLASMOSIS, CONGENITAL/prevention & control,Resumo
OBJETIVO: estimar a prevalência da toxoplasmose congênita Brasil por meio de amostras de sangue seco em papel filtro, obtidas de neonatos atendidos por um programa privado de triagem neonatal. MÉTODOS: amostras de sangue coletadas de neonatos por punção de calcâneo e absorvidas em papel filtro, recebidas de todos os estados brasileiros entre setembro de 1995 e julho de 2009, foram testadas para anticorpos IgM anti-Toxoplasma gondii. Para cada teste positivo na triagem, foram realizados exames confirmatórios em soros das mães e dos neonatos, obtidos por punção venosa periférica. Os casos foram considerados confirmados de acordo com um dos seguintes critérios: presença de IgM e IgG anti-Toxoplasma gondii no neonato e na mãe; IgM e IgG anti-Toxoplasma gondii somente no neonato; IgM e IgG anti-Toxoplasma gondii somente na mãe; ou aumento progressivo dos anticorpos IgG anti-Toxoplasma gondii no lactente. RESULTADOS: foram testadas 800.164 amostras. Observou-se uma prevalência geral de toxoplasmose congênita no país de 1/1.613, variando de 1/1.547 a 1/495 (2/10.000 to 20/10.000) em diferentes estados. CONCLUSÕES: a triagem neonatal em larga escala é uma ferramenta importante para a determinação da prevalência da toxoplasmose congênita. A alta prevalência dessa infecção no Brasil e a ampla variabilidade de sua epidemiologia entre os estados confirmam a necessidade de políticas de saúde e educação voltadas à prevenção e ao controle da toxoplasmose congênita em todo o país, respeitando as peculiaridades de cada estado.Downloads
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