Um estudo do rendimento do veneno de cobras corais brasileiras e seu uso na avaliação do soro antielapídico

Autores

  • Anderson Vieira Carvalho Pontifícia Universidade Católica de Goiás
  • Caroline Ferreira David Pontifícia Universidade Católica de Goiás
  • Anita de Moura Pessoa Pontifícia Universidade Católica de Goiás
  • Nelson Jorge da Silva Jr. Pontificia Universidade Católica de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-6108.2014.2.16119

Palavras-chave:

BIODIVERSIDADE, ELAPIDAE, IMUNIZAÇÃO PASSIVA

Resumo

OBJETIVOS: Investigar a correlação entre quantidade de veneno produzido por uma cobra coral verdadeira e o tamanho da mesma, e avaliar a produção e o uso do soro antielapídico, levando em conta tamanho, capacidade inoculatória e variabilidade de espécies dessas cobras nas diversas regiões do Brasil. MÉTODOS: Para avaliação da diversidade e distribuição geográfica, foi realizada pesquisa bibliográfica e eletrônica no site oficial da Sociedade Brasileira de Herpetologia. Para obtenção de dados sobre epidemiologia dos acidentes elapídicos, foi pesquisado o Sistema de Informação de Agravos a Notificação do Ministério da Saúde. Dados de quantidade de veneno e tamanho das cobras das quais o mesmo foi extraído foram obtidos em trabalho de campo realizado entre os anos de 1986 e 2010, que estavam armazenadas no banco de venenos do Centro de Estudos e Pesquisas Biológicas da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. RESULTADOS: A maior diversidade de espécies de cobras corais verdadeiras está na região Norte e a maior casuística de acidentes elapídicos na região Nordeste. A análise de regressão linear mostrou forte correlação entre tamanho corporal e quantidade de veneno extraído. A maioria das espécies de cobras corais apresenta tamanho pequeno ou médio. Foi identificada uma diversidade de 35 táxons de cobras corais no Brasil, enquanto o soro antielapídico em uso no País é produzido a partir de três espécies. CONCLUSÕES: Devido ao porte reduzido, que resulta em baixa capacidade inoculatória, a recomendação de altas doses de soro antielapídico na ocorrência de acidentes com cobras corais deveria ser revista. Entretanto, a especificidade do veneno de cada espécie gera preocupação sobre a eficácia do soro antielapídico produzido a partir de um número reduzido de espécies de cobras corais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Anderson Vieira Carvalho, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Graduando de Medicina na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás).

Caroline Ferreira David, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Graduanda de Medicina na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás).

Anita de Moura Pessoa, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Mestre em Ciências Ambientais e Saúde pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás).

Nelson Jorge da Silva Jr., Pontificia Universidade Católica de Goiás

Graduação em Estudos Sociais Licenciatura Curta (1982), graduação em História Licenciatura Plena (1983), graduação em Ciências Biológicas Modalidade Médica (1986), e graduação em Biologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (1987) e doutorado em Zoologia - Brigham Young University (1995). Atualmente é professor titular e coordenador do mestrado em Ciências Ambientais e Saúde na da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás). Tem experiência na área de zoologia de vertebrados, com ênfase em sistemática de serpentes, biologia da conservação, e em levantamentos e monitoramentos faunísticos, atuando principalmente nos seguintes temas: usinas hidrelétricas, diversidade, serpentes, impacto ambiental e toxinas animais.

Downloads

Publicado

2014-06-24

Como Citar

Carvalho, A. V., David, C. F., Pessoa, A. de M., & da Silva Jr., N. J. (2014). Um estudo do rendimento do veneno de cobras corais brasileiras e seu uso na avaliação do soro antielapídico. Scientia Medica, 24(2), 142–149. https://doi.org/10.15448/1980-6108.2014.2.16119

Edição

Seção

Artigos Originais

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)