Reconhecimento de frações do veneno de cobras corais brasileiras pelo soro antielapídico

Autores

  • Bruno Prado C. Vidal Pontifícia Universidade Católica de Goiás
  • Ellen Souza do Nascimento Pontifícia Universidade Católica de Goiás
  • Anita de Moura Pessoa Universidade Federal de Goiás
  • Nelson Jorge da Silva Jr. Pontificia Universidade Católica de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-6108.2015.3.20949

Palavras-chave:

Micrurus corallinus, coral verdadeira, Elapidae, venenos de serpentes, venenos elapídicos, peçonhas.

Resumo

Objetivos: Investigar a capacidade do soro antielapídico produzido no Brasil na identificação de frações do veneno de seis espécies, incluindo as que constituem o pool de inoculação: Micrurus brasiliensis, M. corallinus, M. frontalis, M. lemniscatus, M. spixii e M. surinamensis.

Métodos: As amostras utilizadas fazem parte do banco de venenos do Centro de Estudos e Pesquisas Biológicas, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. O soro antielapídico foi cedido pela Fundação Ezequiel Dias. As metodologias empregadas foram eletroforese e imunoblotting.

Resultados: Foi demonstrada uma variabilidade toxinológica e uma capacidade também variável de reconhecimento desses componentes pelo soro antielapídico. A partir da técnica de western-blotting o soro antielapídico da Fundação Ezequiel Dias foi capaz de reconhecer a maioria, mas não todos os componentes presentes nos venenos analisados.

Conclusões: Os resultados sugerem uma eficácia restrita do soro antielapídico já que o mesmo possui limitações quanto as espécies Amazônicas, o que reforça a necessidade de uma revisão dos estudos intra e interespecíficos dos venenos micrúricos.

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Biografia do Autor

Bruno Prado C. Vidal, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Graduando em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Ellen Souza do Nascimento, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Graduanda em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Anita de Moura Pessoa, Universidade Federal de Goiás

Bióloga. Mestre em Ciências Ambientais e Saúde. Doutoranda do curso de Biotecnologia e Biodiversidade pela Universidade Federal de Goiás.

Nelson Jorge da Silva Jr., Pontificia Universidade Católica de Goiás

Graduação em Estudos Sociais Licenciatura Curta (1982), graduação em História Licenciatura Plena (1983), graduação em Ciências Biológicas Modalidade Médica (1986), e graduação em Biologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (1987) e doutorado em Zoologia - Brigham Young University (1995). Atualmente é professor titular e coordenador do mestrado em Ciências Ambientais e Saúde na da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás). Tem experiência na área de zoologia de vertebrados, com ênfase em sistemática de serpentes, biologia da conservação, e em levantamentos e monitoramentos faunísticos, atuando principalmente nos seguintes temas: usinas hidrelétricas, diversidade, serpentes, impacto ambiental e toxinas animais.

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Publicado

2015-11-17

Como Citar

Vidal, B. P. C., do Nascimento, E. S., Pessoa, A. de M., & da Silva Jr., N. J. (2015). Reconhecimento de frações do veneno de cobras corais brasileiras pelo soro antielapídico. Scientia Medica, 25(3), ID20949. https://doi.org/10.15448/1980-6108.2015.3.20949

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